Castro diz que RJ tem verba para investir na melhoria dos trens e que, em troca, pode cobrar redução do preço da passagem da Sup

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou nesta segunda-feira (2) que o poder estadual vai realizar os investimentos necessários no sistema de trens do Rio de Janeiro para a melhoria do serviço da população em troca de manutenção ou até redução de tarifa. A declaração foi dada em entrevista ao RJ1.

“Já pedi para o novo secretário verificar a necessidade de compra de novos trens. O estado fará o investimento necessário. Não vai ficar nessa briga do concessionário e o estado, que fará os investimentos necessários. Lembrando: investimento em bens do estado”, afirmou Cláudio Castro.

Os investimentos, de acordo com o governador, podem passar, além da compra de trens, pela reforma de estações.

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Cláudio Castro afirmou ainda que pretende terminar as obras da estação Gávea, da Linha 4 do metrô, que estão paradas desde 2015. No ano passado, os moradores do bairro chegaram a protestar contra o abandono.

“A Procuradoria Geral do Estado já comentou que está bem perto do acordo para a gente finalmente terminar a Estação Gávea e a Linha 4. São avanços para o próximo ano. Fora o metrô chegando a Nova Iguaçu, o corredor expresso de São Gonçalo e, quem sabe, se tivermos recursos, se o governo federal não ajuda, sobretudo no cumprimento do compromisso de todo o valor da outorga do [Aeroporto] Santos Dumont e [Aeroporto] do Galeão ficarem para obras no Rio de Janeiro, avançar na Linha 3”, disse Castro.

Cláudio Castro afirmou que cabos de trens estão sendo aterrados para evitar furtos e atrasos no sistema da Supervia — Foto: Reprodução/ TV Globo 1 de 3 Cláudio Castro afirmou que cabos de trens estão sendo aterrados para evitar furtos e atrasos no sistema da Supervia — Foto: Reprodução/ TV Globo

Cláudio Castro afirmou que cabos de trens estão sendo aterrados para evitar furtos e atrasos no sistema da Supervia — Foto: Reprodução/ TV Globo

O governador falou também sobre o problema recorrente de furto de cabos, que prejudica os passageiros dos trens da Supervia. Segundo ele, os cabos estão sendo aterrados e as estruturas que possuem materiais que possuem valor comercial devem ficar isoladas.

Porém, Castro afirmou que a proteção patrimonial do sistema é de responsabilidade da concessionária.

“Já começou o aterramento dos cabos. Há uma equipe da Polícia Militar, que está o tempo todo com a concessionária. A gente crê que, em pouco tempo, isso não será mais um problema. Faz parte, inclusive, desse último recurso de R$ 250 milhões que eu enviei é o aterramento dos cabos e pequenas estações tecnológicas em material chumbado, ou seja, ninguém vai conseguir entrar lá".

"E a concessionária também tem que fazer a proteção patrimonial que está na concessão. É responsabilidade deles. É uma cobrança mais firme aos deveres da concessionária, mas o estado fazendo a sua parte com o investimento necessário”, disse.

Sobre a relação com o governo federal, ele afirmou que está pronto para trabalhar com a equipe de Lula (PT), que tomou posse no domingo (1º). Cláudio Castro é do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado nas últimas eleições.

“Vai ser uma relação baseada em pautas. Ontem fiz questão de ir à posse dele. A eleição acabou e eu tenho que trabalhar com quem a população escolheu. Eu tinha outra opinião sim, pedimos muitos votos e vencemos aqui no Rio de Janeiro por uma ampla diferença. Mas agora a eleição acabou e a democracia fala isso. Na hora da eleição está cada um de um lado. Na hora da gestão a gente tem que se unir e trabalhar junto. Tudo o que o governo federal quiser fazer de bom para o Rio de Janeiro terá eco no Governo do Estado”, assinalou Castro.

Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj 2 de 3 Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj

Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj

O governador disse que pediu para a secretária de Educação, Patrícia Reis, um estudo sobre o número de professores que o poder estadual pode contratar de acordo com o Regime de Recuperação Fiscal, para tentar suprir a falta de profissionais de educação na rede. A ideia é que concursos sejam realizados para preencher os postos o mais rápido possível.

“Eu já autorizei a abertura de concurso. Eu dei 30 dias para que eles me apresentassem o cronograma”, destacou o governador.

Castro afirmou ainda que o assunto será discutido em uma reunião na terça (3), primeiro dia de trabalho completo do novo mandato.

Teleférico do Alemão — Foto: Reprodução/TV Globo 3 de 3 Teleférico do Alemão — Foto: Reprodução/TV Globo

Teleférico do Alemão — Foto: Reprodução/TV Globo

O governador afirmou que os moradores do Complexo do Alemão devem levar mais um ano para voltarem a utilizar o teleférico que corta as comunidades da região. Durante a campanha eleitoral, ele afirmou que o transporte seria retomado em agosto de 2023, mas ele acredita que o sistema voltará a funcionar em mais um ano e meio.

“Quando começamos, lá atrás, a previsão era de dois anos. Passaram-se seis meses e eu continuo nesse prazo de mais de um ano e meio para a população estar usando. No primeiro semestre, a gente vai concluir as obras e o material chega para ser instalado”, afirmou.

Sobre o uso de câmeras nas fardas nos uniformes de policiais civis e militares, ele voltou se manifestar de forma contrária à utilização por integrantes de batalhões especiais.

“Eu acredito em tecnologia, mas o que os meus especialistas falam é que não há maturidade para utilizar. Uma imagem dessas vazada e aonde ela vai para o criminoso, é como a SWAT ter a atuação gravada. Em nenhum lugar, as forças especiais têm sua atuação gravada”, disse o governador, falando da unidade da polícia dos Estados Unidos.

Castro disse ainda que é favorável ao uso em outras ações policiais e que o poder estadual comprou 21 mil câmeras, sendo que 9 mil delas foram usadas no réveillon de Copacabana.

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