Ibovespa fecha em forte queda com mercado de olho em sinalizações do novo governo

Ibovespa — Foto: Freepik 1 de 2 Ibovespa — Foto: Freepik

Ibovespa — Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta terça-feira (3), com o mercado de olho nas sinalizações do novo governo.

Os investidores ainda repercutem os pronunciamentos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que na véspera afirmou buscar uma "harmonização" entre a política fiscal e monetária.

O Ibovespa caiu 2,08%, a 104.166 pontos. Veja mais cotações.

As ações da Petrobras registraram nova queda após o tombo de mais de 6% na segunda-feira (2), primeiro pregão do ano. Nesta terça, o recuo foi de 1,41% nas ações ordinárias (PETR3) e de 2,53% nas preferenciais (PETR4).

Na segunda, o Ibovespa fechou em queda de 3,06%, a 106.376 pontos. As ações ordinárias da Petrobras tombaram 6,67%, enquanto as preferenciais caíram 6,45%. Já as ações do Banco do Brasil recuaram 4,23%.

Com o resultado desta terça, o Ibovespa acumula queda de 5,07% nos dois primeiros dias do ano.

Os investidores estão de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No dia anterior, ele afirmou que buscará uma "harmonização" entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).

"Não existe mágica nem malabarismos financeiros. O que existe para garantir um Estado fortalecido é a previsibilidade econômica, confiança dos investidores e transparência com as contas públicas", disse.

Haddad também afirmou que o Ministério da Fazenda enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Entre as medidas já anunciadas pelo governo está a prorrogação da desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.

Foram reduzidas a zero as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).

Outras medidas anunciadas foram a prorrogação do valor de R$ 600 do Bolsa Família e a revogação da privatização de estatais.

Nesta terça-feira (3), o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou em entrevista à 💥️GloboNews que o governo vai rever renúncias fiscais e gastos para reduzir o déficit previsto para as contas públicas neste ano.

O Orçamento de 2023 foi aprovado pelo Congresso prevendo um déficit primário de R$ 231 bilhões. Ou seja, esse valor representa o quanto as despesas devem superar as receitas, sem contar o pagamento dos juros da dívida.

Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de "estupidez" e disse que ele seria revogado.

Já o anúncio da prorrogação da isenção de impostos federais sobre os combustíveis e a determinação do novo presidente de revogar os processos de privatização de oito estatais, entre elas os Correios, também foram mal recebidos pelo mercado.

Dados compilados pela TradeMap mostram que, só na segunda-feira, as principais estatais perderam mais de R$ 31 bilhões em valor de mercado. 💥️Veja abaixo:

Valor de mercado das estatais — Foto: Economia g1 2 de 2 Valor de mercado das estatais — Foto: Economia g1

Valor de mercado das estatais — Foto: Economia g1

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