Castro diz que será 'enérgico' contra manifestações que não respeitem os patrimônios públicos e privados

Ligado ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o governador Claudio Castro (PL) — que chegou a pedir voto para o colega de partido durante a campanha eleitoral — disse no começo da noite deste domingo (8) que será enérgico "contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado".

Por medida de segurança, a Polícia Militar informou que reforçou o policiamento em vários pontos do Rio.

No começo da tarde deste domingo, bolsonaristas terroristas e golpistas invadiram e depredaram os prédios dos 3 poderes em Brasília: Palácio do Planalto, Congresso e STF.

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana. Dentro dos prédios, móveis e obras de arte foram destruídos no palácio presidencial, e documentos foram rasgados no STF. Veja FOTOS e VÍDEOS.

Bolsonaristas radicais furam bloqueio da polícia e invadem prédios públicos em Brasília — Foto: REUTERS/Adriano Machado 1 de 2 Bolsonaristas radicais furam bloqueio da polícia e invadem prédios públicos em Brasília — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Bolsonaristas radicais furam bloqueio da polícia e invadem prédios públicos em Brasília — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Segundo o governador do Rio de Janeiro, "em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Atitudes como essas mancham a imagem do Brasil e não contribuem em nada para o nosso futuro", escreveu em uma rede social.

Castro afirmou que reitera seu "compromisso com a ordem democrática – hoje e sempre". Por fim, o chefe do executivo estadual disse que será enérgico "contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do Rio de Janeiro".

Bolsonaristas sobem no Congresso Nacional, em Brasília — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo 2 de 2 Bolsonaristas sobem no Congresso Nacional, em Brasília — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo

Bolsonaristas sobem no Congresso Nacional, em Brasília — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também se pronunciou sobre os atos terroristas. Segundo Paes, é "inaceitável o que acontece em Brasília nesse momento."

De acordo com o prefeito, "isso não é manifestação, é terrorismo e atentado à democracia. Para essa gente deve se aplicar a lei e a força, monopólio do Estado. Qualquer passividade (o que parece já ter acontecido) é crime. Rigor da lei já!", pediu Eduardo Paes.

Pelo Twitter, o prefeito disse que já conversou com o governador e suspendeu todas as folgas e licenças da Guarda Municipal.

Ao g1, o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, informou que a corporação "está monitorando e acompanhando" o que está acontecendo em Brasília. Marinho Pires não informou se vai cancelar as folgas dos PMs.

O presidente Lula decretou intervenção federal no DF até o dia 31 de janeiro e disse que terroristas serão encontrados e punidos. Veja a íntegra do decreto.

Ele nomeou Ricardo Garcia Cappelli como novo responsável pela segurança pública na capital. Cappelli é secretário-executivo do Ministério da Justiça, braço direito do ministro Flávio Dino.

Órgãos do RJ se pronunciaram sobre os atos terroristas em Brasília. Veja abaixo:

💥️OAB-RJ:

💥️MPRJ:

💥️Câmara do Rio:

💥️Firjan:

💥️TJRJ:

💥️UERJ:

"A Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – DIREITO UERJ vem a público manifestar seu mais veemente repúdio aos atos terroristas praticados em 08 de janeiro de 2023 contra a Democracia no Brasil, data que se inscreve como de triste memória em nossa história.

Em nenhum outro momento, ainda nos mais sombrios, houve tamanho desrespeito às instituições democráticas. Os atos de vandalismo praticados contra os três Poderes da União desonram nossas tradições de luta pela Liberdade e Democracia e ferem a alma da nação brasileira. As ofensas praticadas contra o patrimônio nacional e agentes públicos são intoleráveis e criminosas.

Como é próprio dos atos dessa natureza, o ataque desfechado contra a Democracia foi irracional e violento, mas não abaterá os verdadeiros brasileiros.

Há 87 anos a Faculdade de Direito da UERJ defende de modo intransigente a Democracia. Mais uma vez se levanta para reclamar a imediata e rigorosa punição dos responsáveis na forma da Lei. Pela Democracia, sempre!".

Veja vídeos de atos terroristas em Brasília

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