Após 4 horas, parlamentares bolsonaristas se calam nas redes sociais sobre atos terroristas
Quatro horas após o início dos atos terroristas em Brasília (DF), parlamentares bolsonaristas ainda não se manifestaram nas redes sociais sobre as invasões nos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), promovidas por grupos de bolsonaristas radicais.
Até a publicação desta reportagem, o senador Flávio Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda não haviam usado as redes para comentar o ocorrido na Capital Federal na tarde deste domingo (8).
O mesmo silêncio também é visto nas contas de políticos bolsonaristas como o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL), a deputada federal Bia Kicis (PL) e e o eleito deputado federal e ex-ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL).
Outros nomes do bolsonarismo, como os deputados federais Carla Zambelli (PL) e Daniel Silveira (PTB), estão com as contas retidas nas redes por ordem da Justiça.
Hamilton Mourão (Republicanos), ex-vice-presidente da República e senador eleito, que já saiu em defesa de atos antidemocráticos organizados por bolsonaristas após as eleições de 2022, condenou as invasões terroristas deste domingo. Por volta das 19h, Mourão escreveu no Twitter que "o respeito e a ordem devem prevalecer em qualquer manifestação."
Aliado de Bolsonaro, o deputado federal Major Vítor Hugo (PL) se manifestou por volta das 19h30. "Manifestações pacíficas são garantidas pela CF . Ações de vandalismo e violência não são", escreveu no Twitter.
1 de 1 Invasores são vistos deitados na rampa do Palácio do Planalto durante ato criminoso em Brasíli — Foto: Eraldo Peres/APInvasores são vistos deitados na rampa do Palácio do Planalto durante ato criminoso em Brasíli — Foto: Eraldo Peres/AP
Políticos próximos à figura de Bolsonaro, mas considerados mais moderados, se manifestaram nas redes após as invasões feitas por bolsonaristas terroristas em Brasília.
O deputado federal Ricardo Barros (PP), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, disse que repudia a violência e depredação em Brasília, mas, segundo ele, culpar só o governo do Distrito Federal "é um erro".
Atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, escreveu no Twitter que "manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos."
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que pediu votos para Bolsonaro nas eleições de 2022, repudiou os atos terroristas.
Ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro e senadora eleita, Tereza Cristina disse que na democracia "não há espaço para atos de vandalismo e desrespeito às instituições."
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, falou que os atos registrados em Brasília são "inaceitáveis" e que "é necessário criar uma corrente pela legalidade e pela defesa da Constituição Federal."
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