Secretário de Comunicação diz que Lula trabalhará no Planalto: 'Mostrar que governo está funcionando'

1 de 1 Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula. — Foto: Reprodução

Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula. — Foto: Reprodução

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalhará no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (9).

Segundo Pimenta, o presidente decidiu despachar do local para mostrar à sociedade e ao mundo que as instituições estão funcionando e não foram paralisadas pelos atos terroristas promovidos por bolsonaristas radicais neste domingo (8).

"O nosso recado é: nós não vamos permitir que um grupo minoritário de terroristas, criminosos, que desprezam a democracia e o Brasil, faça o que eles estão fazendo, e com isso alcancem o objetivo que é paralisar o funcionamento das instituições", disse Pimenta.

Segundo Pimenta, o gabinete presidencial não foi invadido pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que o local é protegido por vidros blindados.

O 💥️g1 apurou que a sala onde são realizadas reuniões do presidente com ministros e governadores também foi preservada.

Nesta segunda, Lula tem reuniões com comandantes das Forças Armadas e governadores, entre outros compromissos.

O ministro da Secretaria de Comunicação disse ainda que, além de destruírem várias dependências do Palácio do Planalto, os terroristas roubaram armas, discos rígidos de computadores e outros objetos.

Ele afirmou que imagens de câmeras de segurança serão analisadas para identificar criminosos.

E que no processo de identificação serão periciados materiais genéticos deixados pelos invasores, como sangue, fezes e urina.

Paulo Pimenta disse também que serão investigadas suspeitas de que os vândalos teriam recebido informações privilegiadas sobre quais locais invadir e equipamentos roubar.

Segundo o ministro, entre os itens do Palácio do Planalto danificados, estão obras de arte, presentes de outros países recebidos pelos governantes brasileiros, computadores, vidros e móveis.

Ele declarou que está sendo realizado um levantamento dos objetos para se calcular o prejuízo total provocado pelos bolsonaristas radicais.

Pimenta voltou a falar com a imprensa no início da tarde. Segundo ele, 80 pessoas foram presas no Palácio do Planalto – os dados pessoais ainda estão sendo levantados.

“Foram 80 pessoas presas no palácio, quatro presos no Supremo Tribunal Federal”, disse.

Pimenta também relatou que foram levadas nove armas não letais do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). “Eu pelo menos identifiquei nove armas, armas de choque”, afirmou.

O ministro relatou que a limpeza do palácio avançou e que é possível trabalhar “normalmente”.

“Palácio está em total condições de trabalhar”, afirmou.

Perguntado sobre eventual ausência de governadores bolsonaristas na reunião com Lula nesta tarde, Pimenta disse 💥️esperar que todos os governadores compareçam.

“Eu acho que neste momento que o Brasil está vivendo, não tem nada mais importante do que qualquer governador possa fazer do que está em Brasília. Acho que qualquer governador deveria estar em Brasília para reafirmar esse compromisso com a democracia e os três poderes, e repudiar junto conosco esses atos terroristas, criminosos, que envergonham o Brasil”, disse.

Questionado sobre a proteção de militares fazem dos prédios presidenciais, Pimenta afirmou que será uma feita uma apuração das condutas de diferentes órgãos – inclusive, das equipes de inteligência do governo federal.

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