Bolsonaristas desmontam acampamento golpista no Rio
Bolsonaristas começaram a desmontar o 💥️acampamento golpista no Centro do Rio de Janeiro no meio da manhã desta segunda-feira (9). A base estava montada desde meados de novembro.
Por volta das 10h, faixas com dizeres antidemocráticos eram recolhidas das grades que cercavam barracas e tendas na Praça Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Leste (CML), na Avenida Presidente Vargas.
Às 17h, os últimos integrantes do acampamento deixaram o local. Segundo a PM, agora o Exército e a Comlurb vão fazer a retirada de materiais e a limpeza.
1 de 4 Bolsonaristas deixam acampamento em frente ao Comando Militar do Leste — Foto: Henrique Coelho / g1Bolsonaristas deixam acampamento em frente ao Comando Militar do Leste — Foto: Henrique Coelho / g1
Durante a retirada, os radicais agrediram e ameaçaram jornalistas. Um fotógrafo recebeu tapas enquanto registrava a movimentação.
“Eu estava fazendo as imagens fotográficas aqui na Central, com a desmontagem desse acampamento bolsonarista quando fui, literalmente, agredido por alguns que não gostaram da minha atitude em relação às fotos que foram tiradas", disse 💥️Marcos Vidal, que é repórter fotográfico da Agência Futura e estava trabalhando para o jornal Folha de São Paulo.
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2 de 4 Radical ameaça jornalistas no Rio — Foto: Reprodução/TV GloboRadical ameaça jornalistas no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
A desocupação atendeu a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF) — na mesma decisão, Moraes afastou Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal.
Na peça, Moraes determinou “💥️a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes”.
3 de 4 Bolsonaristas começam a deixar acampamento em frente ao Comando Militar do Leste — Foto: Henrique Coelho / g1Bolsonaristas começam a deixar acampamento em frente ao Comando Militar do Leste — Foto: Henrique Coelho / g1
Segundo o ministro, os bolsonaristas acampados cometeram os seguintes crimes:
A ordem de Moraes veio em resposta ao ato terrorista do domingo, quando bolsonaristas radicais arrombaram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.
Mais cedo, em entrevista ao 💥️Bom Dia Rio, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que estava “conversando” para que os golpistas saíssem.
“Estamos falando com o Comando Militar do Leste (CML) desde ontem [domingo, 8]. Há uma recomendação do Ministério Público Federal neste sentido também. Mas aqui no Rio é diferente, pois eles não estão em uma via pública, mas em um espaço dentro do CML. Então estamos conversando para que a decisão seja cumprida”, disse Castro.
Tão logo a entrevista de Castro terminou, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que a prefeitura, “até a noite de hoje”, iria promover “a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na Praça Duque de Caxias”.
4 de 4 Bolsonaristas retiram faixa de acampamento no Rio — Foto: Reprodução/TV GloboBolsonaristas retiram faixa de acampamento no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Por pelo menos duas vezes, golpistas reunidos em frente ao CML interromperam a circulação dos bondes do VLT e afetaram o trânsito da Avenida Presidente Vargas. Um desses atos ocorreu em 6 de novembro, domingo seguinte ao segundo turno das eleições. Outro foi no 15 de novembro.
Desde então, o número de bolsonaristas radicais vinha oscilando, mas o acampamento jamais foi desfeito.
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