Margareth Menezes diz que governo estuda memorial para país não esquecer violência dos atos terroristas

1 de 2 Margareth Menezes deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre o estrago ao patrimônio público feito por terroristas — Foto: Guilherme Mazui/g1

Margareth Menezes deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre o estrago ao patrimônio público feito por terroristas — Foto: Guilherme Mazui/g1

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou nesta terça-feira (10) que o governo estuda criar um memorial para que o país não se esqueça da violência dos atos terroristas às sedes do três poderes, em Brasília.

"Isso é um tesouro artístico, tesouro do povo brasileiro. Isso é o pertencimento da nação, do Estado e que precisa ser respeitada a sua integridade. Então, a violência muito desrespeitosa e profunda. Esse memorial é para a gente deixar marcado isso, para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível com a memória, com o intocável que é a nossa democracia", disse a ministra.

Segundo Margareth Menezes, a estrutura ainda não foi completamente pensada e não há ainda local para a instalação.

Margareth Menezes visitou o Palácio do Planalto, um dos alvos dos terroristas, e avaliou as obras de de arte depredadas.

A ministra discutiu a recuperação dos itens com a primeira-dama Janja Lula da Silva e com o novo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.

Margareth informou que a estimativa dos danos será concluída nesta semana, quando será possível ter dimensão dos custos e do que poderá ser recuperado.

"A estimativa de danos, totalmente, ainda não temos. Está sendo feita agora, estava fechado por causa da perícia policial. Agora que os técnicos do Iphan vão começar essa perícia, pediram até quinta-feira à tarde. É daí que nós vamos ter a dimensão do que foi estragado, do custo disso e como que nós vamos fazer para fazer essa recuperação", declarou.

O ataque danificou diversos itens artísticos, entre as quais, o quadro "As Mulatas", de Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Palácio do Planalto.

2 de 2 Bolsonaristas terroristas fazem pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

Bolsonaristas terroristas fazem pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

Os radiciais bolsonaristas invadiram também o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8).

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