'Dinheiro esquecido': BC alerta para aumento de golpes; volta das consultas segue indefinida

Dinheiro — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil 1 de 1 Dinheiro — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Dinheiro — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central emitiu um alerta após aumento no número de consultas sobre falsas mensagens relativas ao Sistema de Valores a Receber (SVR), ferramenta que mostra dinheiro "esquecido" em instituições financeiras.

O SVR ainda tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em instituições financeiras para serem devolvidos, segundo o BC — R$ 3,6 bilhões referentes a mais de 32 milhões de pessoas físicas e R$ 1 bilhão destinados a mais de 2 milhões de empresas.

A consulta aos valores esquecidos está suspensa desde abril do ano passado, sem previsão de reabertura, assim como os saques. Quando o sistema voltar a funcionar, será permitido o saque dos recursos também pelos herdeiros e representantes legais dos falecidos.

Por enquanto, o BC anunciou que voltará a receber novos dados das instituições financeiras neste mês.

Segundo o BC, os serviços de atendimento ao cidadão têm recebido volume quatro vezes maior que a média de consultas sobre informações inverídicas. Grande parte das falsas mensagens passaram a circular na internet nos últimos dias, segundo informações da Agência Brasil.

A primeira dica para não cair em golpes se refere a mensagens recebidas pelo WhatsApp para resgatar os valores esquecidos via PIX. Nesse caso, o BC orienta a ignorar as mensagens e, principalmente, não clicar em links.

Esses links, informa a instituição, roubam senhas em redes sociais e podem instalar vírus e programas espiões no celular.

Informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central e nas redes oficiais da instituição, e não por meio de aplicativos de mensagens ou SMS.

Confira, abaixo, dicas para não cair em golpes:

https://valoresareceber.bcb.gov.br/

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Entre as novidades da segunda fase de consultas ao dinheiro esquecido, ainda sem data para começar, estarão disponíveis as informações referentes a:

Segundo o Banco Central, os dados recebidos das instituições financeiras serão fornecidos aos correntistas assim que o SVR for reaberto. E informou ainda que trabalha em melhorias no sistema, como a inclusão de novos tipos de valores e o saque por herdeiros e representantes legais de falecidos.

Assim que o sistema for reaberto, herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais da pessoa falecida poderão consultar a existência de valores esquecidos e receber instruções para o resgate do dinheiro.

Outra novidade será a adoção de uma fila de espera virtual para acessar o SVR. A ferramenta substituirá a lógica de acesso programado (com dia e hora definidos) que vigorou na primeira fase do sistema.

Atualmente, os valores esquecidos no sistema financeiro estão distribuídos nas seguintes faixas:

A devolução de valores esquecidos ocorreu de fevereiro a abril do ano passado - foram devolvidos R$ 2,36 bilhões a 7,2 milhões de pessoas físicas e 300 mil pessoas jurídicas, segundo a Agência Brasil.

Desse total, R$ 321 milhões foram devolvidos via PIX a 3,7 milhões de beneficiários que clicaram diretamente no sistema para pedir os valores. O restante foi devolvido por meio de contato do beneficiário com a instituição (telefone, e-mail, ida à agência ou outros canais de atendimento).

Se o correntista perdeu a chance de resgatar o dinheiro, o Banco Central garante que não há motivo para se preocupar. Os valores a receber continuarão guardados pelas instituições financeiras esperando o pedido de devolução quando as consultas ao SVR forem retomadas.

Inicialmente, estava prevista uma segunda fase de consultas e saques no SVR para maio do ano passado — que incluiria mais fontes de recursos esquecidos, como cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e contas encerradas em corretoras e distribuidoras.

No entanto, o processo foi interrompido por causa da greve dos servidores do BC, que durou três meses e paralisou o desenvolvimento de projetos dentro do órgão.

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