Após mortes em protestos, presidente do Peru será investigada por genocídio

A presidente do Peru, Dina Boluarte, fala durante uma coletiva de imprensa após o término de uma reunião ministerial no Palácio do Governo em Lima em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Cris BOURONCLE / AFP 1 de 1 A presidente do Peru, Dina Boluarte, fala durante uma coletiva de imprensa após o término de uma reunião ministerial no Palácio do Governo em Lima em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Cris BOURONCLE / AFP

A presidente do Peru, Dina Boluarte, fala durante uma coletiva de imprensa após o término de uma reunião ministerial no Palácio do Governo em Lima em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Cris BOURONCLE / AFP

O Ministério Público do Peru anunciou nesta terça-feira (10) que irá investigar a presidente Dina Boluarte pelos supostos crimes de "genocídio, homicídio qualificado e lesões graves" durante os protestos contra ela, que deixaram 40 mortos em um mês.

"A Procuradora da Nação ordenou o início de uma investigação preliminar contra a presidente Dina Boluarte; o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola; o ministro do Interior, Víctor Rojas; o ministro da Defesa, Jorge Chávez", informou o MP no Twitter.

A investigação é pelos supostos crimes de "genocídio, homicídio qualificado e lesões graves" durante as manifestações antigovernamentais nas regiões de Apurímac, La Libertad, Puno, Junín, Arequipa e Ayacucho.

A investigação também inclui o ex-chefe de gabinete Pedro Ángulo e o ex-ministro do Interior César Cervantes, que fizeram parte do governo Boluarte entre 7 e 21 de dezembro de 2022, período em que houve 22 mortes devido à repressão das forças de ordem.

Os protestos se concentram nas áreas andinas do Peru, onde a população exige a renúncia de Boluarte e eleições presidenciais e legislativas imediatas. Em um mês de manifestações, a repressão deixou 40 mortos e mais de 600 feridos.

Dina Boluarte foi vice-presidente do país até 7 de dezembro de 2022, quando o Congresso destituiu Pedro Castillo, depois que ele tentou fechar o parlamento, intervir no sistema de Justiça e governar por decreto. Castillo, que era investigado por corrupção, cumpre 18 meses de prisão preventiva ordenada por um juiz, sob acusações de rebelião.

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