Veja quem são os alvos da operação em Campos que mira suspeitos de organizar e financiar atos terroristas em Brasília

Golpistas vandalizam prédio público em Brasília durante ataques às sedes dos três poderes neste domingo (8) — Foto: Adriano Machado / Reuters 1 de 4 Golpistas vandalizam prédio público em Brasília durante ataques às sedes dos três poderes neste domingo (8) — Foto: Adriano Machado / Reuters

Golpistas vandalizam prédio público em Brasília durante ataques às sedes dos três poderes neste domingo (8) — Foto: Adriano Machado / Reuters

A Operação Ulysses, que investiga o financiamento e a organização dos atos terroristas em Brasília no último dia 8, prendeu dois dos três alvos de mandado de busca e apreensão em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

A operação na cidade foi deflagrada na segunda-feira (16), quando o primeiro suspeito foi detido. Na ação, a polícia também apreendeu celulares, computadores e documentos diversos. O terceiro alvo é considerado foragido.

💥️Veja quem são os alvos:

Subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, foi o primeiro preso da operação. Ele estava em casa, nesta segunda, quando foi surpreendido pelos agentes da Polícia Federal (PF).

Subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, tem 33 anos de corporação — Foto: Reprodução 2 de 4 Subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, tem 33 anos de corporação — Foto: Reprodução

Subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, tem 33 anos de corporação — Foto: Reprodução

O militar, com 33 anos na corporação, era lotado no grupamento de Guarus, na cidade de Campos, no Norte Fluminense.

Ele é suspeito de organizar e financiar os atos terroristas no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Ele foi afastado das funções e levado para o Grupamento Especial Prisional da (GEP) da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, ficando à disposição da Justiça.

Em 2018, o subtenente Roberto Henrique foi candidato a deputado federal nas eleições. À época, o bombeiro disputou o pleito pelo Patriota, partido ligado a base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob o nome de Júnior Bombeiro. Ele recebeu 1.260 votos e não foi eleito.

Em agosto de 2022, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por mau uso do fundo partidário. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do RJ, o então candidato não prestou suas contas de campanha, motivo pelo qual foi obrigado a devolver R$ 4 mil.

A defesa do suspeito disse que vai se manifestar mais tarde.

Elizângela Cunha Pimentel Braga, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes — Foto: Reprodução redes sociais 3 de 4 Elizângela Cunha Pimentel Braga, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes — Foto: Reprodução redes sociais

Elizângela Cunha Pimentel Braga, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes — Foto: Reprodução redes sociais

Acompanhada da defesa, Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, se entregou no final da noite desta segunda à Polícia Civil em Campos.

Segundo as investigações, a mulher, que é de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília.

A PF tenta descobrir quem estava nos ônibus e vans que levaram moradores do Norte Fluminense para participar dos atos no Distrito Federal. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa da Elizângela.

Elizângela foi encaminhada para o presídio feminino de Campos. O 💥️g1 tenta contato com a defesa da suspeita.

Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, é considerado foragido — Foto: Reprodução/TV Globo 4 de 4 Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, é considerado foragido — Foto: Reprodução/TV Globo

Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, é considerado foragido — Foto: Reprodução/TV Globo

O terceiro alvo da operação, Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, ainda não foi localizado e, com prisão preventiva decretada, já é considerado foragido da Justiça.

Carlos esteve em Brasília na tarde dos ataques e a Polícia Federal investiga se ele foi uma das pessoas que invadiram o prédio do Supremo. Ele chegou a postar uma foto no meio da horda.

CVC passou o último fim de semana em Guarapari (ES) e disse que se apresentaria na noite desta segunda-feira (16), mas, até a última atualização desta reportagem, não tinha aparecido na Delegacia da PF em Campos dos Goytacazes.

💥️A investigação

A Polícia Federal diz que provas demonstram que os três alvos do pedido de prisão financiaram o transporte e a hospedagem de bolsonaristas do Norte Fluminense que foram para Brasília participar dos ataques terroristas aos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Durante a operação também houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Um deles teve como alvo Jorge Luiz Machado Garcia, que foi chamado a depor na delegacia. Ele não foi preso.

Segundo a investigação, ele disputa com CVC a liderança do grupo Direita Campos e é suspeito de participar do bloqueio das rodovias pós-eleição e de estar no acampamento em frente ao quartel do Exército na cidade fluminense.

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