Dólar inverte sinal e fecha em alta, acima dos R$ 5,15
Cédulas de dólar — Foto: Pexels
O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (18), mas inverteu o sinal ao longo do dia e encerrou o pregão em alta, com investidores repercutindo as falas do ministro Fernando Haddad em Davos, de Lula após reunião com sindicalistas e com dados econômicos dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana teve alta de 1,10%, cotada a R$ 5,1615. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar caiu 0,81% e fechou a R$ 5,1055. Com o resultado, a moeda💥️ acumula queda de 3,27% no ano.
Já o índice Ibovespa opera em alta, em torno dos 112 mil pontos.
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No cenário doméstico, investidores continuam monitorando as falas de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Ontem, o ministro afirmou que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos.
Haddad já havia dito que um novo arcabouço fiscal para o país deve ser apresentado até abril. Nesse cenário, investidores seguem aguardando novas sinalizações sobre os rumos da economia.
O ministro também voltou a falar sobre a reforma tributária, que deve ser dividida em duas etapas. “A reforma tributária que queremos votar no primeiro semestre é sobre consumo, mas no segundo semestre sobre a renda, para desonerar camadas mais pobres do imposto, e para onerar quem hoje não paga imposto. Reequilibrar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda no Brasil”, disse.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou em discurso após encontro com sindicalistas que que pretende implementar a sua promessa de campanha de isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. No entanto, o presidente disse que a medida precisa de lei e, por isso, não poderá ser feita “no grito”.
“É preciso muita discussão, e é preciso que vocês aprendam a fazer muita pressão, muita pressão, senão a gente não ganha isso. Vocês têm que fazer pressão em cima do governo, pois se vocês não fizerem pressão a gente pensa que vocês estão gostando", afirmou.
Ainda no discurso, Lula disse que reajustar o salário mínimo “é a melhor forma de fazer distribuição de renda neste país”. O presidente defendeu também que não adianta o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescer se ele não for distribuído.
No exterior, a quarta-feira é de agenda econômica movimentada. Mais cedo, a agência de estatística da União Europeia, Eurostat, informou que a inflação ao consumidor na zona do euro fechou 2022 com alta de 9,2%, conforme o que era esperado.
Ao longo do dia, importantes indicadores também foram divulgados nos Estados Unidos, com destaque para a inflação ao produtor. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou queda de 0,5% em dezembro, na comparação com novembro, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA.
O recuo superou a previsão de queda de analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", que esperavam retração de 0,1%. O núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, subiu 0,1% na mesma comparação, em linha com o consenso. No acumulado de 12 meses o PPI teve alta de 6,2%.
Outro dado publicado na manhã de hoje foi o de vendas do setor varejista, que caíram 1,1% em dezembro na relação com novembro, apresentando um recuo levemente maior do que o esperado pelos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", que previam uma queda de 1,0%.
O Federal Reserve (Fed) publicou as avaliações do Livro Bege, que resume opiniões de empresários colhidas pelas distritais do Fed até o dia 9 de janeiro. O órgão relatou que os preços desaceleraram na maioria dos 12 distritos em que o banco central americano está presente, ao passo que o mercado de trabalho apertado segue pressionando os salários nos EUA.
Na seara inflacionária, a avaliação geral é que os altos preços seguem impactando o poder de compra dos consumidores americanos mesmo após a desaceleração da inflação. Ainda assim, os gastos com consumo ganharam força impulsionados pelas compras durante o recesso de fim de ano.
Ao contrário da inflação, o mercado de trabalho ainda não mostra sinais de arrefecimento e permanece apertado, relata o documento. Desta forma, ainda há “elevada pressão salarial” nos EUA. O Livro Bege informa que o emprego continuou subindo na maioria dos 12 distritos do Fed e as empresas seguem com dificuldade para preencher vagas abertas, mesmo diante do aumento da oferta de trabalho em algumas regiões dos EUA.
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