5 meses após invasão em escola de Vitória, mais de 100 unidades de ensino recebem botão do pânico

Cinco meses após um ex-aluno ser preso por invadir uma escola municipal armado com bombas caseiras, bestas - armas de disparo de flechas -, facas e ameaçar um atentado, no bairro Jardim da Penha, em Vitória, a 💥️prefeitura anunciou que o ano letivo de 2023 vai começar com a ferramenta botão do pânico em 108 unidades de ensino, entre elas, 49 creches e 54 escolas municipais.

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Além das escolas de ensino básico, a Escola da Ciência, Biologia e História, a Escola de Física, a Escola de Inovação, o Planetário de Vitória e a Praça da Ciência também vão contar com o equipamento.

Os botões do pânico foram entregues na tarde desta terça-feira (17) já habilitados e em funcionamento.

O investimento anual é de R$ 378.516,00.

Botão do pânico — Foto: Reprodução/TV Gazeta 1 de 4 Botão do pânico — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Botão do pânico — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Dias após o atentado, a tecnologia foi implantada de forma experimental na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF), Éber Louzada Zipinotti, invadida pelo ex-aluno, e em outras seis unidades.

Na ocasião, o comandante em exercício da Guarda Municipal de Vitória, Thiago Reis, disse que, desde a invasão à escola, agentes identificaram alguns pontos de fragilidade na unidade, que foram solucionados.

Emef Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, Vitória, invadida por ex-aluno em agosto de 2022 — Foto: Reprodução/TV Gazeta 2 de 4 Emef Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, Vitória, invadida por ex-aluno em agosto de 2022 — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Emef Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, Vitória, invadida por ex-aluno em agosto de 2022 — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Os profissionais responsáveis vão ficar o tempo todo com o equipamento e poderão acioná-lo segurando o botão SOS por 3 segundos em situações de trocas de tiro no entorno das unidades ou alguma outra situação de risco.

Após o acionamento o botão do pânico estabelece uma comunicação via áudio com a Guarda Municipal, começa a gravar o som ambiente e manda um sinal de GPS para a central que envia as equipes com prioridade para o local.

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O ex-aluno de 18 anos pulou o muro da escola e, depois de entrar na unidade, trancou o portão para que ninguém saísse.

Um estudante encontrou o invasor e ficou com o rosto arranhado ao tentar impedir o atentado.

Um vídeo gravado dentro da escola mostrou o rapaz já imobilizado 💥️(assista o vídeo acima). Quando perguntaram o motivo da invasão ele disse apenas que não gostava das pessoas que estavam ali.

Segundo testemunhas, o invasor foi contido primeiro por um professor da escola. Depois um policial rodoviário federal, que mora perto da escola, ouviu gritos e também ajudou a prender o rapaz.

Henrique Lira Trad, ex-aluno que invadiu escola armado, foi retirado da unidade por policial militar — Foto: Reprodução/TV Gazeta 3 de 4 Henrique Lira Trad, ex-aluno que invadiu escola armado, foi retirado da unidade por policial militar — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Henrique Lira Trad, ex-aluno que invadiu escola armado, foi retirado da unidade por policial militar — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Ainda de acordo com testemunhas, ele lançou flechas contra várias pessoas, incluindo uma professora e uma aluna.

Para a polícia, o ex-aluno teria dito que queria matar de seis a sete pessoas.

O ex-aluno teria falado também que a ideia era provocar um confronto com a polícia para que ele próprio fosse morto pelos agentes.

Material apreendido com ex-aluno que invadiu escola em Vitória — Foto: Polícia Militar/Divulgação 4 de 4 Material apreendido com ex-aluno que invadiu escola em Vitória — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Material apreendido com ex-aluno que invadiu escola em Vitória — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Dias após a invasão, professores, estudantes e pais se reuniram em frente a escola invadida.

De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), o ex-aluno segue preso desde agosto e atualmente está no Centro de Detenção Provisória de Viana 2, na Grande Vitória.

O processo segue em segredo de Justiça e, por isso, não há mais detalhes sobre o caso. Até a última atualização deste texto, a reportagem não havia obtido contato com o preso ou a defesa dele.

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