Ibovespa fecha em queda; Americanas derrete e termina cotada em R$ 0,66
Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou o pregão desta sexta-feira (20) em queda, devolvendo parte dos ganhos das últimas sessões em dia foi marcado pelo vencimento de opções sobre ações.
Além disso, investidores seguem digerindo o pedido de recuperação judicial da Americanas, aceito pela justiça ontem. 💥️Com isso, hoje foi o último dia dos papéis da varejista nos índices da B3 . As ações da companhia tiveram um novo tombo na sessão e fecharam em baixa de 34%, cotados a apenas R$ 0,66 - valor bem menor do que os R$ 12 observados no pregão anterior às notícias de escândalos contábeis da companhia.
Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, 💥️as ações da companhia continuarão a ser negociadas, mas sob o título de recuperação judicial.
Ao final da sessão, o Ibovespa fechou em queda de 0,78%, aos 112.040 pontos. Veja mais cotações.
Na quinta-feira, o índice havia registrado alta de 0,62%, a 112.922 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular ganho de 2,10% no ano.
WebstoriesNo cenário interno, em dia de agenda de divulgação de indicadores econômicos vazia, o mercado repercute novos sinais da política econômica.
Depois do presidente Lula afirmar em entrevista ao 💥️GloboNews, na quarta-feira (18), que a independência do Banco Central do Brasil é "bobagem", o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não há nenhuma pré-disposição do governo de fazer qualquer mudança na instituição. A fala agradou e tranquilizou investidores.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foi questionado sobre a declaração do presidente nesta quinta, ao palestrar para uma universidade americana, em Los Angeles. Ao responder, ele disse que 💥️a declaração foi tirada de contexto💥️, pois o que Lula teria dito é que a independência do BC não precisa estar na lei.
Na agenda corporativa, a Americanas ainda segue em foco. Nesta quinta, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões.
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Já no exterior, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos. Hoje, o mercado aguarda novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.
Na véspera, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, disse que apesar da desaceleração da inflação americana nos últimos meses, as taxas de juros no país precisam continuar elevadas para controlar o aumento dos preços.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco, como o mercado de ações e moedas de países divergentes - o que ajuda a explicar a desvalorização do real frente o dólar.
Com pressão inflacionária e juros mais altos, crescem, também, a percepção de risco de que os Estados Unidos enfrentem uma recessão econômica.
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