Vítima de anestesista nem sequer o viu: ‘Na sala de cirurgia, só escutei vozes de mulheres. Não tinha de homem’, diz

Uma das vítimas gravadas pelo médico 💥️Andres Eduardo Oñate Carrillo enquanto era estuprada afirmou que nem sequer o viu no hospital.

A mulher conversou com o 💥️RJ2 e disse que só soube no mês passado que tinha sido abusada — a cirurgia foi em 2023.

A paciente contou à TV Globo que 💥️só ouviu vozes femininas enquanto estava acordada, antes da operação.

Ela destacou que foi anestesiada por uma médica e ressaltou que em momento algum viu Andres. Segundo ela, ao acordar da sedação, apareceu “um enfermeiro que não tem a característica dele, completamente diferente”. “Toda vez que ele encostava na gente, pedia permissão”, lembrou.

No entanto, Andres entrou na sala e a estuprou, como prova o próprio vídeo do abuso.

A vítima disse que “queria sair andando, sem rumo” quando soube do estupro sofrido.

“O delegado me ligou. Eu teria que prestar um depoimento... eu estava sendo vítima, mas ele não falou [o que era] por telefone”, disse.

O anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 O anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo — Foto: Reprodução/TV Globo

O anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo — Foto: Reprodução/TV Globo

Andres, preso por estupro de vulnerável e investigado por exploração sexual infantil, também pode responder por 💥️exercício ilegal da profissão.

De acordo com o inquérito, quando participou da cirurgia no Hospital Universitário da UFRJ, o Hospital do Fundão, em 2023, Andres estava terminando um curso de especialização em anestesia e foi escalado como estagiário.

De acordo com o depoimento do chefe da anestesia do Hospital do Fundão, naquela condição Andres não tinha autorização para atuar como médico em nenhum hospital do território nacional — muito menos para anestesiar alguém.

O coordenador explicou à polícia que, para ser habilitado, Andres deveria ter prestado o 💥️Revalida, prova que certifica estrangeiros que atuam no Brasil, para só então conseguir o registro no Conselho Regional de Medicina. O colombiano teria, ainda, que fazer uma outra prova na Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

Em 2023, portanto, Andres só poderia observar o procedimento, sob supervisão de uma anestesista.

A médica que estava com Andres no dia do estupro no Fundão também foi ouvida pela polícia. Ela contou que em momento algum o colombiano ficou sozinho na sala, mas que ela “pode ter saído por breves momentos”.

No hospital estadual em Saquarema, Andres também estava irregular, segundo a investigação.

A médica que operou com ele prestou depoimento e disse que “Andres sempre substituía uma colega”.

Já essa amiga substituída disse na delegacia que o coordenador sabia das trocas e que ela pagou 💥️R$ 2 mil por 24 horas a Andres.

Em depoimento, ele confessou ter estuprado mulheres que estavam na mesa de cirurgia e ter produzido e armazenado vídeos de pornografia infantil. Andres se gravou abusando as pacientes.

“A identificação das vítimas foi possível em razão das informações de metadados existentes nos vídeos onde aparecem os estupros. Os hospitais também colaboraram, passando informações. As características das vítimas, horário e, conjugando com as informações dos metadados, foi possível identificar as vítimas. E foram chamadas à delegacia para depoimento, onde elas confirmaram a identificação e ficaram cientes do estupro", disse o delegado 💥️Luiz Henrique Marques.

Na terça-feira (17), a Justiça do Rio de Janeiro manteve na audiência de custódia a prisão de Andres. A decisão foi da juíza Mariana Tavares Shu.

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