Novos documentos confidenciais são encontrados na casa de Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden, durante entrevista coletiva de imprensa para explicar documentos confidenciais do governo encontrados em sua garagem, em 12 de janeiro de 2023. — Foto: Andrew Harnik/ AP
Funcionários do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) encontraram na sexta-feira (20) mais seis documentos confidenciais durante busca na casa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Wilmington, no estado de Delaware. A informação foi divulgada neste sábado (21) pelo advogado pessoal de Biden.
O advogado do presidente informou que a busca durou quase 13 horas. Os documentos encontrados abrangem o período de Biden no Senado e de quando ele era vice-presidente dos EUA. Ele e a primeira-dama, Jill Biden, não estavam na casa no momento da revista.
Ainda não foi revelado o conteúdo dos documentos. Os primeiros papéis confidenciais foram encontrados em 2 de novembro, também referentes à época em que Biden era vice-presidente.
O assunto é particularmente incômodo para o chefe do Executivo, que pode se candidatar à reeleição em 2024, já que a lei americana proíbe ex-presidentes e ex-vice-presidentes de manter documentos de Estado em sua possessão após o fim do mandato.
Em 2 de novembro, advogados de Biden descobriram o primeiro lote de documentos de quando ele era vice-presidente dos EUA. Os papeis estavam em um escritório privado usado por ele de meados de 2017 até o início de sua campanha presidencial em 2023.
Em janeiro, a Casa Branca informou que outros documentos foram encontrados na residência da família do presidente.
Na ocasião, a Casa Branca declarou que os advogados não analisaram os textos por não terem as autorizações necessárias para consultá-los, e avisaram o Ministério da Justiça. Uma lei de 1978 obriga os presidentes e vice-presidentes americanos a enviar todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.
Após a informação de que novos documentos haviam sido encontrados, Kevin McCarthy, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (órgão equivalente à Câmara dos Deputados), pediu que o Congresso do país abrisse uma investigação.
McCarthy afirmou que o episódio dos documentos é "um novo passo em falso da administração Biden".
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeou um advogado especial, Robert Hur, para assumir a investigação sobre o potencial uso indevido de documentos classificados pelo presidente Biden.
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