Demitidos da Prefeitura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, continuam trabalhando sem salário e sem contrato há mais de 20 d
Funcionários demitidos da Prefeitura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, continuam trabalhando sem contrato e sem salário há mais de 20 dias. A exoneração aconteceu no dia 31 de dezembro de 2022. E até agora milhares de trabalhadores não sabem o que vai acontecer com eles.
"Até agora, está todo mundo exonerado. Todo mundo tem que trabalhar. Porque a gente não pode deixar o posto, o posto não pode fechar. E a gente continua trabalhando, mas está todo mundo exonerado", disse uma funcionária.
Outra servidora também reclamou da situação na Prefeitura de Belford Roxo.
"É um absurdo, nós temos contas pra pagar. Temos dívidas. E simplesmente ninguém dá satisfação de nada. Estamos trabalhando de graça. Essa é a verdade", disse uma exonerada.
No início de janeiro, o 💥️RJ1 mostrou que o prefeito Wagner Carneiro, o Waguinho, rescindiu todos os contratos de trabalho temporário do município e milhares de funcionários foram demitidos.
Servidores temporários, de cargo comissionado ou com gratificação foram surpreendidos pela exoneração no último dia do ano passado.
O Ministério Público do RJ está investigando a demissão em massa e o risco de paralisação das atividades essenciais de Belford Roxo, como saúde e educação, por falta de funcionários.
Mas, para quem foi demitido, até agora, depois de 24 dias de incertezas, nada mudou. Eles não sabem nem se vão receber salário.
"Uma situação dramática. É um absurdo o que está acontecendo na Prefeitura de Belford Roxo", disse uma funcionária.
Por telefone, um funcionário demitido contou ao 💥️RJ1 que sofre pressão de pessoas ligadas ao prefeito Waguinho para continuar trabalhando, mesmo sem estar nomeado para o cargo.
"Eles falam o seguinte, né? Para você manter o seu cargo, para você retornar à prefeitura, você tem que trabalhar. Porque senão eles dão oportunidade para outras pessoas, é assim que eles fazem. Na verdade, eles obrigam a gente a trabalhar com a promessa de retornar", contou o funcionário.
Os funcionários contaram que além do expediente no serviço público, também tiveram que fazer campanha para a mulher do prefeito, Daniela Carneiro, que se elegeu deputada federal e depois foi nomeada ministra do Turismo. E também para Márcio Canella, aliado de Waguinho, que foi eleito deputado estadual.
"A gente era obrigado a fazer a foto e postar no status. A gente só podia assinar o ponto de saída depois que acabasse a reunião ou a campanha que fosse", contou um funcionário.
Depois da exoneração, uma multidão chegou a ir para a frente da prefeitura protestar. Os demitidos queriam entender por que poucos dias depois da demissão em massa, a prefeitura abriu processo seletivo para contratar 10 mil funcionários temporários para as áreas de saúde e educação.
"É humilhante passar por isso. Porque a gente tem conta para pagar. A gente tem família para sustentar", disse uma funcionária.
A Prefeitura de Belford Roxo disse que o projeto para nova estrutura administrativa já foi enviado para a Câmara e será votado ainda esta semana. E que depois da aprovação, as nomeações serão feitas de acordo com as necessidades de cada órgão.
Disse ainda que os serviços essenciais continuam funcionando normalmente.
Sobre a denúncia de que funcionários tiveram que fazer campanha eleitoral, a prefeitura respondeu que nenhum servidor foi coagido a participar de comícios e reuniões de campanha.
A prefeitura não respondeu por que os funcionários demitidos continuam trabalhando.
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