Bebê internado em estado grave desde que nasceu aguarda cirurgia cardíaca em SP: 'Meu filho tem um mês e já tem que luta
Hospital filantrópico Santa Marcelina — Foto: Reprodução/Google Street View
Uma mãe teve de acionar a Justiça para garantir que o seu filho - um bebê de um mês que está em estado grave - passe por uma cirurgia cardíaca pelo sistema público de saúde do estado de São Paulo, mas mesmo assim o procedimento não ocorreu.
Segundo a mãe, que prefere não ser identificada, a criança aguarda em uma fila com mais de 300 bebês que precisam do mesmo tipo de cirurgia, de acordo com informações passadas a ela pelo hospital. O bebê está internado no Hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista, na Zona Leste da capital.
A Secretaria Estadual da Saúde, porém, não confirma a quantidade de crianças à espera do procedimento, mas afirma que "a atual gestão estuda medidas estratégicas para ampliar os atendimentos e reduzir a demanda de espera, respeitando os critérios de urgência e emergência"💥️ (leia mais abaixo).
A criança sofre de síndrome da hipoplasia do coração esquerdo, o que causa insuficiência cardíaca, um quadro clínico em que o coração bombeia uma quantidade de sangue menor do que a normal.
No dia 12 de janeiro, a juíza do Foro Regional V, de São Miguel Paulista, também na Zona Leste, concedeu uma tutela em caráter emergencial para determinar que o hospital oferecesse uma vaga para a realização do procedimento cirúrgico no prazo máximo de cinco dias. No dia seguinte, o Hospital Santa Marcelina informou que tinha recebido a intimação e ia dar continuidade ao tratamento do bebê.
"Depois que o juiz concedeu a liminar, começamos uma luta para procurar um hospital que fizesse a cirurgia. O hospital ajudou bastante, mas se passaram todos os dias do prazo e nada ocorreu. Na quinta-feira (19), me falaram que ele pegou uma bactéria e teve que sair da fila da cirurgia, mesmo com o pedido da Justiça", afirmou.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde afirmou que o "Hospital Santa Marcelina informa que o paciente permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, recebendo todos os cuidados necessários da equipe médica e a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) acompanha o caso para que ele seja transferido para uma unidade apta a realizar o procedimento".
Disse ainda que "a transferência de um paciente não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro clínico estável - livre de infecções, que permita o deslocamento a outro serviço de saúde para sua própria segurança. Importante também deixar claro que a Cross não nega vagas, pois é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência, funcionando 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso".
Nesta terça-feira (24), a pasta informou que foi assegurada uma vaga para o bebê no Instituto Dante Pazzanese.
O 💥️g1 questionou a pasta também sobre a informação de que cerca de 300 bebês estariam esperando pelo mesmo procedimento e foi informado que "a atual gestão estuda medidas estratégicas para ampliar os atendimentos e reduzir a demanda de espera, respeitando os critérios de urgência e emergência".
Disse ainda que "está trabalhando para identificar e unificar as filas de espera por cirurgias, que hoje estão descentralizadas, conferindo maior agilidade para o atendimento aos pacientes no Estado. Outra ação com esse objetivo é a realização dos mutirões de cirurgias, que serão iniciados pelos procedimentos oncológicos, mas que também devem contemplar mais especialidades".
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