PF e MPRJ prendem 11 em operação em quatro estados contra a lavagem de dinheiro do tráfico
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quinta-feira (26), em quatro estados, a 💥️Operação Fim do Mundo, contra a lavagem de dinheiro oriunda do 💥️Terceiro Comando Puro (TCP), uma das facções do tráfico de drogas e de armas que agem no RJ. Até a última atualização desta reportagem, 11 pessoas haviam sido presas.
A investigação já conta com 💥️30 denunciados e visa a desestruturar um grupo que movimentou mais de 💥️R$ 100 milhões em três anos. Dos 11 presos, 10 foram alvos de mandados de prisão preventiva e um preso em flagrante por uso de documento falso. Quatro dos presos etavam no Rio, cinco em Santa Catarina e 2 em São Paulo.
1 de 4 Endereço na Barra da Tijuca alvo da Operação Fim do Mundo — Foto: ReproduçãoEndereço na Barra da Tijuca alvo da Operação Fim do Mundo — Foto: Reprodução
Entre as áreas dominadas pelo TCP estão os complexos do São Carlos (Catumbi) e de Acari, a Vila Aliança (Bangu), parte da Maré e os morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme.
A investigação verificou que um dos pontos de descarga das drogas e armamentos ilegais era a Ceasa, a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, utilizada por traficantes devido à proximidade com a comunidade de Acari.
A denúncia do MPRJ demonstra que os alvos da operação fornecem armas e drogas para lideranças do tráfico, que revendem esses produtos ilícitos em diversas comunidades do Rio de Janeiro dominadas pelo TCP, além de localidades de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Agentes saíram para cumprir 💥️18 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Dos 10 presos, quatro foram no RJ, quatro em SC e dois em SP.
2 de 4 Dinheiro apreendido na Operação Fim do Mundo, da PF — Foto: ReproduçãoDinheiro apreendido na Operação Fim do Mundo, da PF — Foto: Reprodução
A 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do RJ também mandou sequestrar imóveis, veículos e embarcações nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba (RJ), Angra dos Reis (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).
Além disso, foram bloqueadas mais de 💥️32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a constrição patrimonial totalizou mais de 💥️R$ 22 milhões.
A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e pela Delegacia de Repressão às Drogas (DRE-PF).
Na capital fluminense, um dos endereços visados era na Barra da Tijuca. Em Balneário Camboriú, agentes apreenderam dinheiro em espécie e relógios. Também chamou a atenção dos agentes uma suíte com banheira.
3 de 4 Banheira em apartamento sequestrado pela PF a mando da Justiça em Balneário Camboriú — Foto: ReproduçãoBanheira em apartamento sequestrado pela PF a mando da Justiça em Balneário Camboriú — Foto: Reprodução
A investigação começou em novembro de 2023, depois de uma grande apreensão de drogas em Piraí, no Sul Fluminense. No rastro do dinheiro, os policiais descobriram a estrutura que abastece o TCP. Comprar imóveis de luxo era uma das formas da quadrilha lavar o dinheiro vindo do tráfico.
O líder da organização criminosa foi identificado como 💥️Edivaldo Freitas Portugal, o 💥️Edinho Portugal, preso nesta quinta-feira. Ele foi denunciado por gerenciar financeiramente a quadrilha e fazer a logística de compra e venda do grupo.
Foram identificados três núcleos da quadrilha:
Os irmãos 💥️Renato Castro Belchior, o 💥️Chaveirinho, e 💥️Rodrigo Castro Caetano, o 💥️Espeto, faziam as negociações no litoral catarinense. Espeto foi preso.
Dentre os denunciados, estão a mãe, as esposas e as irmãs dos irmãos, “que gozavam uma vida de luxo no município e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias”.
Segundo o MPRJ e a PF, eles também negociavam o fornecimento de entorpecentes e armas, conforme diálogos nos quais tratam da venda de cargas de uma tonelada e meia de drogas, além de dezenas de armas de fogo, inclusive fuzis.
Os investigados responderão pelos crimes de 💥️lavagem de dinheiro e de 💥️organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 💥️24 anos de prisão.
4 de 4 Lancha apreendida na Operação Fim do Mundo — Foto: ReproduçãoLancha apreendida na Operação Fim do Mundo — Foto: Reprodução
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