Operação Lesa-Pátria: em nova fase, PF busca no RJ suspeito de envolvimento nos atos terroristas
A Polícia Federal (PF) iniciou nesta sexta-feira (27) a terceira fase da Operação Lesa-Pátria, contra envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.
💥️Um alvo era procurado no RJ, em Macaé, no Norte Fluminense. O nome não foi divulgado. Houve ainda buscas em nove endereços.
No total, agentes da PF saíram para cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.
Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados "constituem, em tese, os crimes de":
Quem tiver informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos pode enviar e-mail para 💥️denuncia8janeiro@pf.gov.br.
1 de 2 PF busca no RJ dois suspeitos de envolvimento nos atos terroristas — Foto: Reprodução/TV GloboPF busca no RJ dois suspeitos de envolvimento nos atos terroristas — Foto: Reprodução/TV Globo
A primeira fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até a última atualização desta reportagem, seguia foragido.
Na segunda etapa, na segunda-feira (23), a PF em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.
2 de 2 PF procura envolvidos nos atos golpistas — Foto: Reprodução/TV GloboPF procura envolvidos nos atos golpistas — Foto: Reprodução/TV Globo
Há duas semanas, a PF deflagrou a Operação Ulysses, que mirava suspeitos de organizar e financiar o transporte e a hospedagem de bolsonaristas do Norte Fluminense que foram a Brasília para o atentado.
💥️Três pessoas acabaram presas: o subtenente do Corpo de Bombeiros 💥️Roberto Henrique de Souza Júnior, 💥️Elizângela Cunha Pimentel Braga e o assessor parlamentar 💥️Carlos Victor Carvalho.
Roberto foi preso no dia 16, em casa, em Campos dos Goytacazes. Ele completou 33 anos no Corpo de Bombeiros e foi afastado das funções. O subtenente foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018, mas só obteve 1.260 votos e não se elegeu.
Elizângela se entregou na sede da PF em Campos na noite do dia 16. Segundo as investigações, a mulher, que é de Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília.
Carlos Victor, o CVC, foi preso no dia 19 em uma pousada em Guaçuí (ES). Ele tinha dito que se apresentaria na noite da última segunda-feira (16), mas isso não ocorreu. CVC era assessor parlamentar do deputado Filippe Poubel (PL-RJ) desde junho do ano passado, mas foi exonerado.
Nesta quinta-feira (26), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um pacote de sugestões para ampliar a segurança dos prédios públicos em Brasília e evitar a repetição de atos golpistas, como os do último dia 8.
A lista vem sendo chamada pelo governo de 💥️"pacote da democracia" e deve subsidiar a elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a ser enviada pelo Planalto para tramitação no Congresso.
A decisão final sobre os itens que vão compor a PEC, no entanto, caberá ao próprio presidente Lula.
Segundo interlocutores de Dino, o pacote inclui ao menos quatro propostas para reforçar a segurança do governo. Também deve incluir regras para que as redes sociais bloqueiem conteúdos que atentam contra a democracia.
As sugestões entregues a Lula incluem:
O interventor na área de Segurança Pública do Distrito Federal, 💥️Ricardo Cappelli, deve entregar nesta sexta-feira um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com um diagnóstico das informações levantadas sobre o que ocorreu em Brasília antes e depois dos atos golpistas de 8 de janeiro.
O documento vai revelar que na sexta-feira, 6 de janeiro, cerca de 300 pessoas estavam no acampamento em frente ao Exército. No sábado (7), o número saltou para 3.800 pessoas.
Os dados foram levantados pela inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. O relatório deve concluir que o problema não foi falta de informação sobre o agravamento da situação do acampamento em frente ao quartel general, mas falta de ação dos comandantes.
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