Atos golpistas: PF faz busca e apreensão em endereços de Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro

Policiais federais cumpriram nesta sexta-feira (27) mandados de busca e apreensão em endereços de Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os mandados, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fazem parte da terceira fase da operação Lesa Pátria – relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.

A TV Globo apurou que equipes foram a endereços de Léo Índio em Brasília e no Rio de Janeiro. A PF não divulgou a lista de itens apreendidos nos imóveis.

Léo Índio participou dos atos de terrorismo no dia 8 e publicou imagens em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das postagens, Léo Índio aparece com os olhos vermelhos – segundo ele, devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.

Léo Índio no Congresso Nacional — Foto: Reprodução/Redes sociais 1 de 4 Léo Índio no Congresso Nacional — Foto: Reprodução/Redes sociais

Léo Índio no Congresso Nacional — Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo material divulgado, serão cumpridos 💥11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.

Até as 8h40, 💥seis dos 11 mandados de prisão já tinham sido cumpridos. Os presos vão ficar detidos nos estados, e devem prestar depoimento ainda nesta sexta.

Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados "constituem, em tese, os crimes de":

Em 💥️Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Ela foi flagrada em vídeos depredando os prédios públicos e, antes, já tinha sido presa por tráfico. Veja abaixo:

Em💥️ Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora – veja quem são os suspeitos.

Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram 2 de 4 Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram

Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram

Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais 3 de 4 Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais

No 💥️Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.

No 💥️Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.

José Fernando Honorato de Azevedo, preso na operação Lesa Pátria por envolvimento em atos golpistas no DF — Foto: Reprodução 4 de 4 José Fernando Honorato de Azevedo, preso na operação Lesa Pátria por envolvimento em atos golpistas no DF — Foto: Reprodução

José Fernando Honorato de Azevedo, preso na operação Lesa Pátria por envolvimento em atos golpistas no DF — Foto: Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou os números da operação em uma rede social.

"Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas", escreveu.

No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas radicais invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Desde então, houve vários desdobramentos, como:

A primeira fase da operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até a última atualização, seguia foragido.

💥️LEIA TAMBÉM:

Na segunda fase, a Polícia Federal em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos – filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.

Nesta quinta, a Polícia Federal também informou que a operação Lesa Pátria se torna permanente. Novas fases devem ser deflagradas conforme as investigações avancem.

A PF informou que, com isso, haverá "atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas".

A corporação pede que informações sobre as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro sejam encaminhadas ao email denuncia8janeiro@pf.gov.br.

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