Palestras e debates marcam o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, no Rio

Palestras e debates marcaram o 💥️Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, neste sábado (28), no Rio. O evento aconteceu num quiosque em Madureira, na Zona Norte do Rio, que leva o nome de Moïse Kabagambe, assassinado em janeiro de 2022 na Barra da Tijuca.

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), 💥️1.706 pessoas foram resgatadas em condições análogas à escravidão entre os anos de💥️ 1995 e 2023 só no Rio de Janeiro — uma média anual de 63 vítimas de um crime bárbaro, que já deveria ter sido extinto há quase dois séculos.

A técnica de enfermagem Ana Luiza de Moura Lima lembra com dor a história da tia, resgatada no ano passado em condições análogas à escravidão, no Cachambi, na Zona Norte.

“Ela estava dormindo num sofá na sal, bem sujo. Sem condições nenhuma de um idoso estar vivendo naquele local. Estava ainda trabalhando com Alzheimer”, contou.

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a idosa viveu 72 anos em uma situação de escravidão contemporânea. É o caso conhecido mais longo na história do Brasil. Ela tem hoje 86 anos.

"Queremos justiça, por que os empregadores até hoje estão soltos", diz a sobrinha.

Uma mulher que passou 72 anos em situação de exploração no Rio de Janeiro é o caso mais longo de situação análoga à escravidão registrado no Brasil — Foto: reprodução/ TV Globo 1 de 1 Uma mulher que passou 72 anos em situação de exploração no Rio de Janeiro é o caso mais longo de situação análoga à escravidão registrado no Brasil — Foto: reprodução/ TV Globo

Uma mulher que passou 72 anos em situação de exploração no Rio de Janeiro é o caso mais longo de situação análoga à escravidão registrado no Brasil — Foto: reprodução/ TV Globo

Ana Luiza participou do evento no Parque Madureira, organizado pelo projeto Ação Integrada: Resgatando a Cidadania, que há quase 10 anos dá assistência a pessoas retiradas do trabalho escravo.

O local escolhido para o evento é simbólico: o Quiosque Moïse, construído em homenagem ao congolês Moïse Kabagambe, morto no ano passado, na Barra da Tijuca, ao cobrar diárias atrasadas em um quiosque.

Toda a família trabalha e cuida com carinho do espaço. O prato principal é a tilápia ao molho congolês, especialidade da mãe de Moïse.

Durante todo o dia, vários atos marcaram o evento, como rodas de conversas e uma disputa de poesias.

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