Oposição turca divulga programa comum para derrotar Erdogan nas eleições
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/V/I/eMib6gSB6IjWHT54eKzg/000-33874cd.jpg)
Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP
Os seis partidos da oposição turca apresentaram, nesta segunda-feira (30), um programa comum de 240 páginas com mais de 2.300 objetivos para as eleições legislativas e presidenciais de maio, para enfrentar o presidente em final de mandato, Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos.
A chamada Aliança Nacional ainda não designou seu candidato para enfrentar o chefe de Estado, mas, muito provavelmente, o nome sairá do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata).
Primeira força de oposição no Parlamento, o CHP foi criado por Mustafa Kemal Atatürk, o fundador da República, em 1923.
A eleição presidencial será realizada junto com as legislativas, em 14 de maio. Caso seja necessário, o segundo turno será em 28 de maio.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/d/Q/Y7nYEMRzAzv4gBpSCEDA/000-33873x4.jpg)
Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP
Conhecida como Mesa dos Seis, a Aliança Nacional quer voltar à estrita separação de poderes no país, com um papel reforçado do Legislativo, "um Executivo responsável" por suas decisões e "um Poder Judiciário independente e imparcial".
Os poderes executivos seriam, assim, confiados a um primeiro-ministro escolhido pelo Parlamento, e o presidente poderia ser eleito apenas para um único mandato de sete anos.
Líder do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, conservador islâmico), Erdogan foi primeiro-ministro de 2003 a 2014 antes de se tornar o primeiro presidente turco eleito por sufrágio universal direto, em 2014. Foi reeleito em 2018. Em 2017, uma revisão constitucional ampliou seus poderes, significativamente.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/u/m/SOi3dmT06ERt7B1FN93A/000-8wg3lg.jpg)
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, usa máscara durante discurso em 3 de novembro de 2023 — Foto: Adem Altan/AFP
A oposição promete que, se eleita, as emendas à Constituição serão submetidas à aprovação do Parlamento por uma maioria de dois terços, ou seja 400 votos do total de 600 deputados. Outra promessa é o fim dos decretos presidenciais, os quais Erdogan tem usado, regularmente, para demitir funcionários de alto escalão do governo, como o governador do Banco Central.
O presidente também não poderá vetar uma lei que esteja em discussão no Parlamento, mas poderá devolvê-la aos deputados, se quiser impugná-la.
A Aliança Nacional promete, ainda, que qualquer processo contra um partido político para bani-lo estará sujeito ao sinal verde do Parlamento.
O que você está lendo é [Oposição turca divulga programa comum para derrotar Erdogan nas eleições].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments