Oposição turca divulga programa comum para derrotar Erdogan nas eleições

Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP 1 de 3 Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP

Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP

Os seis partidos da oposição turca apresentaram, nesta segunda-feira (30), um programa comum de 240 páginas com mais de 2.300 objetivos para as eleições legislativas e presidenciais de maio, para enfrentar o presidente em final de mandato, Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos.

A chamada Aliança Nacional ainda não designou seu candidato para enfrentar o chefe de Estado, mas, muito provavelmente, o nome sairá do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata).

Primeira força de oposição no Parlamento, o CHP foi criado por Mustafa Kemal Atatürk, o fundador da República, em 1923.

A eleição presidencial será realizada junto com as legislativas, em 14 de maio. Caso seja necessário, o segundo turno será em 28 de maio.

Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP 2 de 3 Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP

Líderes dos seis partidos de oposição da Turquia durante divulgação de frente única contra o atual presidente Recep Tayyip Erdogan — Foto: Adem ALTAN / AFP

Conhecida como Mesa dos Seis, a Aliança Nacional quer voltar à estrita separação de poderes no país, com um papel reforçado do Legislativo, "um Executivo responsável" por suas decisões e "um Poder Judiciário independente e imparcial".

Os poderes executivos seriam, assim, confiados a um primeiro-ministro escolhido pelo Parlamento, e o presidente poderia ser eleito apenas para um único mandato de sete anos.

Líder do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, conservador islâmico), Erdogan foi primeiro-ministro de 2003 a 2014 antes de se tornar o primeiro presidente turco eleito por sufrágio universal direto, em 2014. Foi reeleito em 2018. Em 2017, uma revisão constitucional ampliou seus poderes, significativamente.

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, usa máscara durante discurso em 3 de novembro de 2023 — Foto: Adem Altan/AFP 3 de 3 Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, usa máscara durante discurso em 3 de novembro de 2023 — Foto: Adem Altan/AFP

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, usa máscara durante discurso em 3 de novembro de 2023 — Foto: Adem Altan/AFP

A oposição promete que, se eleita, as emendas à Constituição serão submetidas à aprovação do Parlamento por uma maioria de dois terços, ou seja 400 votos do total de 600 deputados. Outra promessa é o fim dos decretos presidenciais, os quais Erdogan tem usado, regularmente, para demitir funcionários de alto escalão do governo, como o governador do Banco Central.

O presidente também não poderá vetar uma lei que esteja em discussão no Parlamento, mas poderá devolvê-la aos deputados, se quiser impugná-la.

A Aliança Nacional promete, ainda, que qualquer processo contra um partido político para bani-lo estará sujeito ao sinal verde do Parlamento.

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