Para evitar acidentes, dispersão do Sambódromo será cercada e terá reforço na iluminação
A Riotur apresentou nesta segunda-feira (30) 💥️o plano de contingência da dispersão das escolas na Marquês de Sapucaí. A fim de evitar acidentes como o que matou a menina 💥️Raquel Antunes da Silva no carnaval passado, a saída da Marquês de Sapucaí será cercada e ganhará reforço na iluminação. As agremiações também contarão com mais tempo para escoar os carros alegóricos — as interdições ao trânsito no entorno do Sambódromo serão estendidas.
“O papel da prefeitura é fazer com que as determinações da Justiça sejam cumpridas”, disse 💥️Ronnie Aguiar, presidente da Riotur.
1 de 1 Ronnie Aguiar, presidente da Riotur — Foto: Rafael Nascimento/g1Ronnie Aguiar, presidente da Riotur — Foto: Rafael Nascimento/g1
“A principal é o 💥️cercamento, a área de isolamento a partir da dispersão. Vamos ter um alongamento maior, mais reservado. Ficou decidido que tem que ser com grade vazada para as pessoas terem acesso visual. Além disso, vamos aumentar a iluminação no trecho (da Sapucaí) com led”, descreveu.
O isolamento vai chegar até a Praça Reverendo Álvaro Reis, perto do Hospital da PM, no Estácio.
A iniciativa atendeu a uma recomendação da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude do MPRJ. Os promotores desaconselharam, porém, o gradeamento, porque poderia “ensejar escaladas e/ou esmagamentos”.
“A grade é a melhor maneira. Tecnicamente, apresar da crítica, a grade é melhor solução. Vamos conscientizar os moradores”, pontuou Ronnie.
Os planos também contemplam, em certa medida, a exigências da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Na sexta-feira (27), os desembargadores acolheram um pedido do Ministério Público do estado, numa ação por danos morais coletivos no valor de 💥️R$ 5 milhões, determinando que os organizadores do carnaval apresentassem estudos de segurança do Sambódromo. Em caso de descumprimento, as partes estão sujeitas a uma multa diária de 💥️R$ 5 mil.
Quando uma escola chega à Praça da Apoteose, integrantes das alas saem pelo lado esquerdo, nas proximidades do Túnel Martim de Sá. Já os carros alegóricos são retirados pelos portões do lado direito, seguindo pela Frei Caneca, para serem reposicionados na Avenida Presidente Vargas e, depois, recolhidos aos barracões.
Em 2022, Raquel morreu após ficar imprensada entre um poste e um carro alegórico da Em Cima da Hora, escola da Série Ouro, na rota da Frei Caneca. Imagens de câmeras no local mostraram que, naquele momento, várias crianças estavam perto da alegoria, algumas para tirar fotos.
A 6ª DP, na Cidade Nova, concluiu na quinta-feira (26) o inquérito da morte de Raquel. Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Os indiciados são:
A investigação apurou que o cavalo-mecânico e o carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora deslocavam-se acoplados no sentido destinado à retirada do veículo na dispersão do Sambódromo. O carro chocou-se contra um poste de concreto, esmagando a menina.
O relatório do inquérito apontou ainda que o veículo apresentava falta de manutenção, oferecendo riscos severos de acidente e incêndio. Foram descumpridas normas técnicas, assim como cometidas irregularidades no que diz respeito ao Código Nacional de Trânsito, entre outras ilegalidades.
Falhas no acoplamento do carro alegórico, na orientação para o deslocamento do veículo, bem como na permanência de crianças sobre o tablado também constam no relatório final. Além disso, foi apontada a ausência de fiscalização por parte da entidade responsável no dia do evento.
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