Mortes por atropelamento nas marginais Tietê e Pinheiros dobram em comparação com período pré-pandemia

Carro apreendido pela polícia após acidente com morte na marginal — Foto: Divulgação 1 de 1 Carro apreendido pela polícia após acidente com morte na marginal — Foto: Divulgação

Carro apreendido pela polícia após acidente com morte na marginal — Foto: Divulgação

As marginais Tietê e Pinheiros, principais vias expressas da capital paulista, registraram 18 mortes por atropelamento em 2022, segundo levantamento feito pelo 2º Batalhão de Polícia de Trânsito (BPtran), da Polícia Militar, obtido pela 💥️GloboNews. Este número representa o dobro das nove mortes contabilizadas nessas mesmas vias em 2023, ano anterior ao do início da pandemia da Covid-19, e supera também a quantidade de vítimas fatais atropeladas em 2023 (16).

De acordo com o tenente-coronel Paulo Sérgio de Oliveira, comandante do 2º BPTran, responsável pelo policiamento de trânsito nas marginais, o crescimento das mortes por atropelamento nessas duas vias pode estar relacionado com o aumento da quantidade de moradores de rua na capital paulista. Um Censo realizado pela prefeitura, divulgado em janeiro de 2022, apontou um crescimento de 31% da população de rua paulistana, estimada em cerca de 32 mil pessoas.

"A quantidade de pessoas em situação de rua aumentou substancialmente na cidade de São Paulo, sendo que as marginais dos rios Tietê e Pinheiros não poderiam estar fora dessa estatística e realidade", diz o tenente-coronel.

E completa: "Porém, nessa localidade, a maior problemática são as próprias vias de trânsito rápido que não propiciam uma travessia segura, a não ser sobre as pontes, mas essa população se abriga em diversos pontos das marginais, o que os obriga a fazer essas travessias, colocando em risco suas vidas e dos motoristas que se utilizam do respectivo viário".

De acordo com o comandante do 2º BPTran, prefeitura, Guarda Civil Metropolitana e subprefeituras têm feito um trabalho de remoção e encaminhamento de moradores de rua a fim de que eles não habitem moradias improvisadas perto das marginais.

Os dados coletados pelo 2º BPTran mostram que, na cidade de São Paulo, os números de mortes de pedestres atropelados seguem uma dinâmica diferente dos constatados nas marginais Tietê e Pinheiros. Em toda a capital paulista, 2022 registrou 288 óbitos após acidentes dessa natureza, o que representa um aumento de 30% em comparação com 2023 (222), mas 15% a menos do que 2023 (339), ano pré-pandemia.

O 2º Batalhão de Polícia de Trânsito não computou, neste levantamento, os números de 2023 por ter sido o primeiro ano da pandemia da Covid-19, quando houve uma queda abrupta, comparada a anos anteriores, da circulação de veículos não apenas em São Paulo, como em todo o país. Em razão disso, os dados daquele ano não são comparáveis com os de outros anos, segundo a polícia.

Para tentar diminuir estes índices, o Comando de Policiamento de Trânsito realiza nesta terça-feira (31), entre as 6h e as 11h, uma operação nas marginais tendo por foco a fiscalização de motocicletas, que respondem por 46% das mortes decorrentes de acidente de trânsito na capital paulista.

As mortes de ocupantes de motocicletas nas marginais também cresceram nas marginais Tietê e Pinheiros em 2022 em comparação com o período pré-pandemia (2019). Neste comparativo, o aumento das mortes foi de 18 para 23, o que representa uma alta de 28%.

Segundo o tenente-coronel Paulo Sérgio de Oliveira, apesar de ter por enfoque a fiscalização de motocicletas, a operação "ajuda a melhorar as condições de segurança das marginais".

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