'Um sonho interrompido. Tá aí o que eles devolvem numa caixa de madeira', diz pai de atleta morto em acidente de

1 de 3 Kaylon Silva, de 13 anos, é enterrado em Magé — Foto: Henrique Coelho/g1

Kaylon Silva, de 13 anos, é enterrado em Magé — Foto: Henrique Coelho/g1

O corpo de 💥️Kaylon Silva, de 13 anos, foi enterrado na tarde dessa terça-feira (31) no cemitério de Bongaba, em Piabetá, distrito de Magé, na Baixada Fluminense.

Parentes e amigos se despediram do jovem com uma salva de palmas e fogos de artifício. Em homenagem ao aspirante a jogador, fã de Cristiano Ronaldo e vascaíno apaixonado, muitos usavam uma camisa com a foto do jovem na frente e o nome dele nas costas, com o número 10.

Muito emocionado, o pai precisou ser amparado por parentes durante o velório.

Kaylon é uma das vítimas do acidente com ônibus em Além Paraíba, na madrugada desta segunda-feira (30).

Muito abalado, Gilson chegou a parar um ônibus em frente ao local do velório e se jogar no chão no início desta tarde. Ele foi contido por amigos.

O pai disse ainda que o ônibus não fez nenhuma parada no caminho entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. Gilson disse que mandou um Pix para um filho comer um hambúrguer, mas segundo ele, o dinheiro não chegou.

"Meu filho morreu pedindo para comer um hambúrguer. Ele não pôde fazer uma parada para comer o hambúrguer. Eu fiz o Pix e ele nem recebeu o Pix para comer o hambúrguer, ele e o colega dele", relatou o pai, chorando.

Gilson disse que o motorista do ônibus não poderia ter colocado as crianças em um ônibus no horário da volta da competição:

"Um motorista com experiência não bota um ônibus naquele horário, as crianças tinham acabado de jogar, não só meu filho como os outros colegas que também se foram."

2 de 3 Gilson Alves Paixão, pai de Kaylon, chora muito no velório do filho de 13 anos — Foto: Henrique Coelho / g1

Gilson Alves Paixão, pai de Kaylon, chora muito no velório do filho de 13 anos — Foto: Henrique Coelho / g1

O motorista negou que estava acima da velocidade permitida e disse que foi fechado por uma carreta antes de perder o controle da direção do veículo, segundo o delegado Marcos Vignolo.

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3 de 3 Kaylon da Silva: menino tinha 13 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

Kaylon da Silva: menino tinha 13 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

A mãe de Kaylon contou ainda que soube do acidente logo nas primeiras horas do dia, no grupo de WhatsApp que reunia os familiares dos atletas.

"A previsão da chegada deles era por volta das 5h30, 6h da manhã. Então meu marido estava toda horas olhando o grupo do WhatsApp. Quando foi por volta das 4h, alguém postou que alguém tinha falando que tinha acontecido um acidente. Saímos desesperados e viemos para cá", contou.

"A gente foi primeiro para o Hospital Salvador, mas não tinha nada lá. Depois viemos para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, e pediram para a gente mostrar a fotos dele. Eles fizeram umas fotos das roupas e pediram pra gente reconhecer, se era ele. Reconhecemos, e depois meu marido foi fazer o reconhecimento pessoalmente", contou Ana Paula.

O ônibus onde estava os jogadores e a comissão técnica do 💥️Esporte Clube Vila Maria Helena caiu de uma ponte de 10 metros de altura na madrugada desta segunda-feira (30) e deixou 💥️4 mortos e 29 feridos, na BR-116, em Além Paraíba.

O veículo levava o time de futebol de Ubaporanga (MG) para Duque de Caxias (RJ), de onde era a equipe.

💥️As vítimas são:

Vinte e quatro vítimas foram encaminhadas para o Hospital São Salvador, em Além Paraíba; Outras foram levadas para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina.

O veículo caiu de cabeça para baixo perto de um riacho após o motorista do ônibus perdeu o controle da direção.

A viagem consta como registrada no sistema de Licenças de Viagem Nacional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

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