Viagem poética de Waly Salomão, letrista parceiro de Caetano Veloso e Jards Macalé, é refeita no livro 'Jet lag'

Waly Salomão (1943 – 2003) tem obra compilada em 'Jet lag', antologia organizada e apresentada por Omar Salomão, filho do artista — Foto: Julio Covello / Divulgação 1 de 2 Waly Salomão (1943 – 2003) tem obra compilada em 'Jet lag', antologia organizada e apresentada por Omar Salomão, filho do artista — Foto: Julio Covello / Divulgação

Waly Salomão (1943 – 2003) tem obra compilada em 'Jet lag', antologia organizada e apresentada por Omar Salomão, filho do artista — Foto: Julio Covello / Divulgação

♪ Faz 20 anos em 2023 que o poeta e compositor Waly Salomão (3 de setembro de 1943 – 5 de maio de 2003) embarcou para outra dimensão. O ano também marca o 80º aniversário de nascimento do letrista parceiro de Caetano Veloso e Jards Macalé em músicas eternizadas nas vozes das cantoras Gal Costa (1945 – 2022) e Maria Bethânia.

Livro editado pela Companhia das Letras neste mês de fevereiro de 2023, com capa dura, 💥 é antologia que tem como pretextos os aniversários de vida e morte do artista nascido no sertão baiano de Jequié (BA) – de ascendência síria por parte do pai – para possibilitar que novos passageiros embarquem na obra produzida pela mente efervescente de Waly.

O artista multimídia escreveu maravilhas contemporâneas, expandindo os limites da poesia concreta com liberdade e um certo caos delirante na exposição e encadeamento de versos imagéticos, gerando emaranhado de sensações traduzidas visualmente no livro pelas gravuras criadas pelo artista Luiz Zerbini na forma de monotipias.

Com organização e apresentação do também poeta e letrista Omar Salomão, filho de Waly, o livro 💥 alinha entre os poemas alguns versos propagados como letras de música, casos de 💥(Jarda Macalé e Waly Salomão, 1972), 💥 (Caetano Veloso e Waly Salomão, 1981) – música-título de álbum de Maria Bethânia – e 💥 (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971), canção amplificada na voz cristalina de Gal Costa no show 💥 (1971 / 1972), concebido e dirigido por Waly.

Detalhe: o adjetivo 💥foi incorporado posteriormente ao nome do disco ao vivo derivado do show, sendo expressão incluída no primeiro livro de Waly Salomão, 💥, editado em 1972 com mix de poesia e prosa, anos antes de o compositor letrista tentar virar parceiro de Paulinho da Viola com o envio do poema 💥, de versos nunca musicados.

Nesse livro de estreia, um verso do poema 💥 (1972), , sinalizou o destino itinerante do poeta viajante que residia na cidade do Rio de Janeiro (RJ), mas tinha como destino a rota imprevisível dos versos transbordantes escritos por Way com a alma em ebulição.

Esse caminho é parcialmente reconstituído no livro 💥, porta de embarque para viagem ainda instigante pela obra poética de Waly Salomão.

Capa do livro 'Jet lag – Poemas para viagem', antologia de Waly Salomão — Foto: Monotipia de Luiz Zerbini 2 de 2 Capa do livro 'Jet lag – Poemas para viagem', antologia de Waly Salomão — Foto: Monotipia de Luiz Zerbini

Capa do livro 'Jet lag – Poemas para viagem', antologia de Waly Salomão — Foto: Monotipia de Luiz Zerbini

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