Senado abre sessão para eleger novo presidente

O Senado abriu nesta quarta-feira (1º) a sessão que tem por objetivo eleger o novo presidente da Casa.

Três candidatos disputam a vaga: o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Pode-CE).

Por ser o presidente atual da Casa e concorrer à reeleição, Pacheco precisa ceder o cargo para outro membro da Mesa comandar a sessão.

Só podem assumir a função senadores que estão no meio do mandato de oito anos ou o parlamentar mais velho junto de representantes das maiores bancadas. Novos senadores ou os reeleitos não podem conduzir os trabalhos.

O primeiro vice-presidente, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB ), preside a reunião.

Antes da votação, os senadores podem pedir questões de ordem, com objetivo de tirar dúvidas em relação ao processo.

A votação é secreta e presencial por meio de cédulas em papel inseridas em envelope. A urna fica dentro do plenário.

O presidente e os demais membros da Mesa são eleitos por maioria absoluta, ou seja, precisam obter, no mínimo, 41 votos.

Se nenhum dos candidatos receber esse número mínimo, a votação vai para o segundo turno. Só ganha em segundo turno quem tiver o apoio de pelo menos 41 senadores.

O atual presidente do Senado conta com apoio do governo Lula, da base petista no Congresso.

Cinco partidos declararam apoio público ao mineiro: MDB (10), PT (9), PSB (4), PDT (3) e Rede (1).

A bancada do partido de Pacheco, o PSD, não está fechada em torno da sua candidatura. Mas a maioria dos votos deve ir para a conta do mineiro.

O grupo é o maior do Senado, com 15 senadores. Três deles, no entanto, anunciaram voto em Marinho.

Todas essas legendas somam 42 senadores, mas nem todos os parlamentares devem seguir o voto defendido por suas siglas.

Um bloco entre PL (12), PP (6) e Republicanos (4) foi formado para dar sustentação à candidatura de Rogério Marinho.

A aposta de Marinho são as traições de parlamentares à orientação de seus partidos.

Até agora, manifestaram publicamente voto no candidato do PL: Alan Rick (União-AC), Sergio Moro (União-PR), Ivete da Silveira (MDB-SC), Dr Samuel Araújo (PSD-RO), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Pode-ES) e 💥Fernando Dueire (MDB-PE).

Outro que sinalizou voto no senador eleito é Alessandro Vieira (PSDB-SE). Dessa forma, ninguém do PSDB deve votar em Pacheco, já que Plínio Valério (PSDB-AM) disse que votará no terceiro candidato da disputa, Eduardo Girão.

Duas outras bancadas estão divididas entre Pacheco e Marinho: União, com 9 congressistas, e Podemos, com 5.

Rodrigo Pacheco tem 46 anos e nasceu em Porto Velho (RO). Na infância, se mudou para Minas Gerais, onde se formou em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG).

É advogado criminalista e fez parte da defesa de um ex-diretor do Banco Rural no julgamento do mensalão. Também ocupou cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);

Em 2014, foi eleito deputado federal pelo MDB. Na Câmara, votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e esteve à frente do colegiado durante a análise de denúncias contra o ex-presidente Michel Temer (MDB);

Está no primeiro mandato como senador. Foi eleito presidente do Senado em 2023, com apoio de Davi Alcolumbre (União-AP), que o antecedeu no cargo;

Rogério Simonetti Marinho tem 59 anos, é economista e professor. Foi ministro do Desenvolvimento Regional entre 2023 e 2022, no governo Jair Bolsonaro.

Atuou também como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte por três mandatos.

Em 2022, foi eleito para oito anos de mandato no Senado. É o candidato da oposição que conta com o apoio da ala bolsonarista do Congresso.

Eduardo Girão foi eleito para o primeiro mandato como senador em 2018 e adota uma postura mais conservadora.

Reforçou a pauta bolsonarista ao realizar debates, no ano passado, questionando a legitimidade das pesquisas eleitorais e do resultado as eleições.

Girão afirmou que se a disputa for para o segundo turno, vai apoiar Marinho.

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