'Não podemos aceitar o radicalismo e a barbárie contra a democracia', diz Marinho em discurso na eleição do Sena
O senador Rogério Marinho (PL-RN) durante a solenidade de posse dos senadores eleitos em outubro passado, no plenário da Casa, em Brasília, nesta quarta-feira, 1º de fevereiro de 2023. Marinho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disputa hoje a presidência do Senado com o atual mandatário Rodrigo Pacheco (PSD-MG). — Foto: JOÃO GABRIEL RODRIGUES/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Em discurso na eleição do Senado nesta quarta-feira (1º), o candidato à Presidência da Casa Rogério Marinho (PL-RN) defendeu a democracia e criticou a gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à frente do Congresso Nacional nos últimos anos.
"Não podemos conviver e aceitar o radicalismo e a barbárie que foi perpetrada contra a própria democracia através de atos de violência contra o patrimônio publico e privado por quaisquer espectros ideológicos do campo político, tanto da direita como da esquerda", afirmou Marinho.
Marinho, eleito senador no ano passado, foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disputará a presidência do Senado com Pacheco. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também estava na disputa, mas desistiu de concorrer. Ele declarou apoio a Marinho.
O senador é do partido de Bolsonaro, que foi derrotado por Lula na eleição de 2022, e conta com apoio de partidos que integraram a base bolsonarista no governo passado.
Ainda em seu discurso, Marinho fez críticas ao trabalho da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado durante a gestão de Pacheco.
"Em 2022, a CCJ da Câmara dos Deputados realizou 61 sessões ordinárias. E a do Senado apenas seis, prejudicando a qualidade e proficiência de todas as demais comissões e sem que houvesse a ação da atual presidência pra corrigir o abuso", disse Marinho.
Marinho, munido de um discurso bolsonarista, classificou ainda que o Senado adotou postura "omissa" diante de decisões da Justiça.
Ele defendeu a alternância de poder como forma de "oxigenar a democracia" e questionou se a Presidência da Casa ficará "por dez anos" apenas com dois senadores. Marinho se referiu a Pacheco e Davi Alcolumbre (União-AP).
O ex-ministro de Bolsonaro também apontou que, caso eleito, vai trabalhar para "reestabelecer o diálogo com os demais poderes da República, para que cada instituição cumpra suas atribuições à luz das leis" do Brasil.
💥️Vejam quem apoia os candidatos:
O atual presidente do Senado conseguiu o apoio de seis partidos, que juntos têm 42 senadores. São eles: PSD (15), MDB (10), PT (9), PSB (4), PDT (3) e Rede (1). Entretanto, nem todos os parlamentares seguirão a orientação do partido.
O senador tem o apoio do próprio partido e mais dois, totalizando 23 senadores. São eles: PL (13), PP (6) e Republicanos (4).
A disputa no Senado reflete a polarização política no país. De um lado, aliados do presidente Lula estão fechados com Pacheco. Bolsonaristas apoiam Marinho.
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