Ibovespa cai aos 110 mil pontos, pressionada por Vale e Petrobras

Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 1 Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou a sessão desta quinta-feira (2) em queda, com investidores repercutindo as decisões sobre taxa de juros nos EUA e no Brasil.

Ao final do pregão, o Ibovespa recuou 1,72%, a 110.140 pontos. Veja mais cotações.

Vale e Petrobras foram destaques de queda na sessão, em meio ao recuo das cotações do minério de ferro e petróleo no mercado internacional - cenário que também fez com que papéis de outras empresas dos setores de óleo e gás e de mineração e siderurgia operassem no vermelho e figurassem entre os piores desempenhos do Ibovespa.

No dia anterior, o índice recuou 1,20%, a 112.073 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, passou a acumular uma perda de 1,95% na semana e de 2,91% no mês. No ano, no entanto, ainda tem ganhos de 0,36%.

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Agentes econômicos repercutem as decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do Banco Central do Brasil.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve anunciou uma elevação de 0,25 ponto percentual (p.p.) em suas taxas básicas, para entre 4,5% e 4,75%.

Para a economista do C6 Bank Claudia Rodrigues, o Fed deve subir os juros em mais 0,25 p.p. em cada uma das próximas duas reuniões, colocando-os pouco acima de 5% ao ano - patamar que deve ser mantido até o fim de 2024.

"Dados de consumo e produção da economia têm mostrado desaceleração, mas o mercado de trabalho continua aquecido e deve continuar pressionando a inflação por algum tempo. Por isso, torna-se necessário que os juros permaneçam altos por mais tempo. O ciclo de corte não deve começar em 2023", diz.

Já por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, a ser praticada até 22 de março.

Para Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, existe espaço para cortar juros se a inflação passar a cair de maneira significativa no país.

"Mas hoje temos um cenário de riscos fiscais e várias dúvidas, principalmente em relação à desoneração de combustíveis e ao orçamento que gera expectativa inflacionária. De maneira geral, o comportamento dos preços tem sido mais benéfico do que se esperava há um tempo atrás. Mas até que se veja a inflação melhorando de fato, acredito que a estratégia seguirá sendo a de manutenção dos juros nesse patamar", diz.

Para Tatiana Nogueira, economista da XP, a Selic ficará estável em 13,75% até o início de 2024.

Investidores seguem também de olho nos próximos passos do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Além disso, a Americanas ainda segue em foco. A B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia continuam sendo negociadas, e subiam mais de 30% nesta quarta. Na semana, a alta é de 74,17% e no mês, de 19,43%. No ano, no entanto, a queda é de 78,34%.

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