Secretaria envia à Justiça respostas contraditórias sobre fuga de traficantes de Bangu 6
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) enviou à Vara de Execuções Penais (VEP) da Justiça fluminense respostas contraditórias sobre a fuga de três traficantes da Lemos Brito, ou Bangu 6, no último domingo (29).
Documentos a que o g1 teve acesso relatam panoramas distintos daquele plantão.
Na quarta-feira (1º), a secretária 💥️Maria Rosa Lo Duca Nebel informou em um ofício que “não foi relatada falta de energia no livro de ocorrência, bem como a inoperância das câmeras”.
Na quinta-feira (2), um 💥️diretor de uma área técnica citou uma ordem de serviço em que é dito: “Verificado que devido a fortes chuvas que ocorreram no dia 28 (sábado), houve queda de luz no complexo”.
Os dois documentos foram remetidos para o juiz 💥️Bruno Monteiro Rulière, da VEP.
Entenda, abaixo, o que cada ofício diz. Até a última atualização desta reportagem, nenhum dos três traficantes fugitivos tinha sido recapturado.
1 de 2 A secretária estadual de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel — Foto: Reprodução/TV GloboA secretária estadual de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel — Foto: Reprodução/TV Globo
“Informo que não foi relatada falta de energia no livro de ocorrência, bem como a inoperância das câmeras”, escreveu Maria Rosa. A secretária informou ainda que a Lemos Brito “possui gerador funcionando em perfeito estado”.
Ainda segundo a secretária:
2 de 2 Local por onde os detentos fugiram — Foto: g1 Rio
Local por onde os detentos fugiram — Foto: g1 Rio
Segundo o responsável técnico, “ocorreram falhas de gravação em 20 unidades prisionais”. A Lemos Brito “ficou inoperante das 💥️16h55 de sábado às 💥️9h12 de domingo”.
Sobre o “não funcionamento do sistema de videomonitoramento”, o diretor escreveu:
“Conforme Ordem de Serviço (...) gerada por esse setor à empresa Emive Patrulha 24h Ltda, responsável pelos atendimentos técnicos, no âmbito de CFTV da SEAP-RJ: .
Esse responsável afirmou ainda que, por contrato, “cada unidade contemplada com câmeras de CFTV possui gerador e um no-break com autonomia mínima de 30 minutos”. “Porém, de acordo com a conferência, nenhuma unidade apresentou autonomia no nobreak conforme descrito no projeto básico.”
O diretor destacou ainda que “falhas são recorrentes desde a implementação do projeto”.
"A Seap esclarece que forneceu todas as informações solicitadas pela Vara de Execução Penais (VEP) dentro do prazo estabelecido, incluindo os registros do livro de ocorrências da unidade prisional, assim como os pareceres de responsáveis técnicos por atividades relevantes à compreensão da dinâmica do episódio investigado."
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