Desaparecida em naufrágio perguntou pelo neto em último contato com filha

Larissa buscava informações sobre os pais no IML do Centro do Rio na manhã desta segunda-feira (6) — Foto: Rafael Nascimento/ g1 1 de 3 Larissa buscava informações sobre os pais no IML do Centro do Rio na manhã desta segunda-feira (6) — Foto: Rafael Nascimento/ g1

Larissa buscava informações sobre os pais no IML do Centro do Rio na manhã desta segunda-feira (6) — Foto: Rafael Nascimento/ g1

Larissa, filha de 💥️Michele Bayerl de Moraes de Sena, desaparecida em um naufrágio na Baía de Guanabara no domingo (5), afirmou nesta segunda-feira (6) que, no último contato que teve com a mãe, ela perguntou sobre o neto, filho dela. Ela foi ao Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio.

“Ela me mandou mensagem às 15h, perguntando pelo meu filho, se ele estava bem. Eu falei que ele estava comigo, e depois não falou mais nada. Às 16h, ela mandou mensagem para o meu tio. Não sei o que eles falaram, mas foi a última vez que ela mandou uma mensagem. A gente acha que foi na hora que ela estava indo embora”, contou Larissa Bayerl de Moraes Sena, de 23 anos.

Ela destacou que todas as pessoas que estavam no barco, que pertencia a um amigo da família, se conheciam e que o grupo embarcou em uma praia na Ilha do Governador. O pai de Larissa, 💥️Evandro José Sena, também está desaparecido.

No começo da tarde, os corpos de Michele e de Evandro foram identificados pela família no IML.

O último contato que Larissa teve com a mãe foi no começo da manhã do dia do naufrágio, quando ela estava saindo de casa.

“Eu os vi sando de casa por volta de 7 e pouco, 8 horas. Não vi exato pois estava dormindo. Mas vi que era por este horário”, disse.

Michele, mãe de Larissa, chegou a fazer um curto registro a bordo da traineira Caiçara. Ela postou nas redes sociais e comentou:

“Olha aí os humilhados sendo exaltados”.

A família trabalhava unida. Segundo Larissa, Evandro é confeiteiro e fazia doces para vender. Michele era responsável pela compra de ingredientes e outras atividades burocráticas. Já Larissa, filha do casal, vendia os quitutes.

As buscas na Baía entraram pelo segundo dia nesta segunda-feira (6).

A traineira Caiçara voltava de um passeio entre amigos no entorno da Ilha de Paquetá e voltava para o continente quando uma tempestade chegou, com fortes ventos. A embarcação acabou emborcando — quando vira de cabeça para baixo dentro da água.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 17h25 para o acidente. Os seis sobreviventes foram resgatados por um barco que passava pela região no momento. Equipes do 19º GBM (Ilha do Governador) prestaram os primeiros socorros às vítimas e as transportaram para o píer da Transpetro, na Ilha do Governador.

Pintor Carlos Henrique foi um dos primeiros a chegar no IML para tentar identificar corpos encontrados após naufrágio na Ba[ia de Guanabara — Foto: Rafael Nascimento / g1 2 de 3 Pintor Carlos Henrique foi um dos primeiros a chegar no IML para tentar identificar corpos encontrados após naufrágio na Ba[ia de Guanabara — Foto: Rafael Nascimento / g1

Pintor Carlos Henrique foi um dos primeiros a chegar no IML para tentar identificar corpos encontrados após naufrágio na Ba[ia de Guanabara — Foto: Rafael Nascimento / g1

O pintor Carlos Henrique, cunhado de Evandro e concunhado de Michele, contou ao g1 que o passeio estava programado há mais de uma semana e que, ele iria no passeio. No entanto, desistiu porque foi levar um irmão de Minas para conhecer a Barra da Tijuca e acabou por desistir do passeio de casais porque o tempo estava mudando.

De acordo com o pintor, o grupo teria embarcado numa localidade conhecida como Pedra da Onça, no Bananal.

“Eu, a minha esposa e a mulher dele iriam num passeio de barco. Ainda falei com a minha esposa que eu queria ir. Mas, eu não fui pelo mau tempo”, lembra Carlos, que completa:

“O dono do barco é amigo deles. Aí, eles foram pela primeira vez. Era uma traineira pequena. Era um passeio que estava programado. A princípio era algo pra casal. Mas, algumas pessoas levaram os filhos”, relata o pintor.

Verenda Assunção, 48 anos, chegou ao IML na manhã desta segunda (6) para tentar notícias do irmão e da cunhada vítimas do naufrágio na Baía de Guanabara. — Foto: Rafael Nascimento / g1 3 de 3 Verenda Assunção, 48 anos, chegou ao IML na manhã desta segunda (6) para tentar notícias do irmão e da cunhada vítimas do naufrágio na Baía de Guanabara. — Foto: Rafael Nascimento / g1

Verenda Assunção, 48 anos, chegou ao IML na manhã desta segunda (6) para tentar notícias do irmão e da cunhada vítimas do naufrágio na Baía de Guanabara. — Foto: Rafael Nascimento / g1

Verenda Assunção, também chegou ao IML no início da manhã para tentar notícias do irmão 💥️Everson Costa de Assunção, e da cunhada 💥️Ana Paula de Souza, 46. Ela afirmou que a família costuma frequentar a ilha de Jurubaíba, onde o grupo estava, e acredita que o irmão está bem.

“Meu irmão, estava falando com a minha irmã antes da tempestade. Ela ainda disse que estava formando chuva e que era para ele tomar cuidado. Em seguida, vimos que houve um naufrágio. Ninguém acredita que vai acontecer isso. É uma tragédia e estamos desolados. Mas enquanto não há corpo, há vida e esperança. A gente se agarra a isso. Por isso estamos aqui. A gente acredita que eles estejam vivos”, disse Vereda.

Ana Paula está entre os sobreviventes do naufrágio. Já a morte de Everson foi confirmada por um exame da Polícia Civil e por reconhecimento de familiares.

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