Polícia pede prisão de dono de clínica clandestina e terapeuta em Itapevi, na Grande SP; pacientes relatam tortura

Clínica clandestina de reabilitação em Itapevi, na Grande SP — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Clínica clandestina de reabilitação em Itapevi, na Grande SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Clínica clandestina de reabilitação em Itapevi, na Grande SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Uma clínica de reabilitação clandestina foi fechada no domingo (5), em Itapevi, na Grande São Paulo, e duas pessoas tiveram as prisões temporárias pedidas pela Polícia Civil à Justiça. Oito testemunhas foram ouvidas.

Comida racionada, um minuto para tomar banho e água suja. A polícia diz que 61 pessoas estavam internadas nessas condições no local que seria destinado à reabilitação.

O estabelecimento funcionava irregularmente havia seis meses no bairro Vila Boa Esperança. No fim de semana, a polícia foi chamada pelos próprios familiares das vítimas durante uma visita.

Os pacientes contaram à polícia que eram maltratados pelos funcionários e, se não obedecessem às regras, eram torturados. Segundo os relatos, eles disseram que não podiam relatar nada à família, ou apanhavam.

Segundo o 💥️SP2, Pedro Henrique Malaquias Jacinto, de 28 anos, que se apresentou como dono da clínica, e Eduardo Henrique Alves, de 35, que se diz terapeuta, foram ouvidos na delegacia, mas liberados ainda no domingo (5).

“Uma madrasta de um dos jovens chegou no local e constatou que as condições eram péssimas, que a água que eles estavam bebendo era água suja e de pronto pediu para falar com o responsável. Um interno se apresentou dizendo que era o responsável pelo local. Na sequência, ela começou a discutir com ele reclamando das condições, e chamou a PM”, contou Adair Marques Correa Junior, delegado de polícia plantonista de Itapevi.

Uma mulher que tinha um parente internado na clínica falou por telefone com o 💥️SP2. Ela preferiu não se identificar e explicou que pagava R$ 1.200 por mês pela reabilitação. E disse que levou um susto com as condições do local quando foi fazer a primeira visita.

“Quando nós entramos, a mãe do meu enteado já estava lá, de manta, já tinha tomado café com ele. Ele relatou pra ela que queria ir embora. Ela perguntou por qual motivo, e ele falou que lá era um inferno. E ele estava falando baixo porque ficou com medo de as pessoas que trabalham lá escutarem e depois passarem essa informação para frente. Porque todas as pessoas que reclamavam, quando o familiar ia embora, eles batiam nessas pessoas”, conta.

O caso está sob investigação e aguarda a decisão da Justiça.

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