Brasileira que mora na Turquia há 12 anos relata correria no segundo tremor: 'Saí descalça na neve'

Brasileira relata passagem por terremoto na Turquia; foto mostra pessoas saindo da cidade de kayseri — Foto: Arquivo pesoal 1 de 2 Brasileira relata passagem por terremoto na Turquia; foto mostra pessoas saindo da cidade de kayseri — Foto: Arquivo pesoal

Brasileira relata passagem por terremoto na Turquia; foto mostra pessoas saindo da cidade de kayseri — Foto: Arquivo pesoal

A professora de inglês paulistana Joyce Yıldırım mora há 12 anos na Turquia e pela primeira vez temeu pela vida, na manhã da segunda-feira (6), quando o terremoto de magnitude 7,8 atingiu o país e o noroeste da Síria. Mais de 3 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

À💥️ TV Globo, a brasileira contou que tem lidado com tremores há mais de uma década, mas nada comparado com o que viveu por volta das 4h20 da madrugada da segunda, quando todos em casa dormiam.

"Sentimos o prédio todo balançar. A cama parecia um berço. Contrariando qualquer instinto humano de sobrevivência, a gente só conseguiu ficar deitado, olhando para o teto. Só quando acabou o terremoto que conseguimos descer na praça e esperamos uma hora para entrar no prédio. Nesse intervalo, fizemos uma bolsa, tomamos banho, comemos alguma coisa e sabíamos que viria um secundário", disse.

Por volta das 13h, a família estava na varanda do apartamento, no segundo andar, quando chegou o novo abalo. Mesmo nevando e com sensação térmica abaixo de zero, a professora correu sem calçado para fora de casa.

A brasileira foi com o marido para a casa dos sogros, que fica em um sítio em outra cidade. Kayseri, a cidade em que mora, segundo ela, está abandonada.

"Tivemos informação que todos que estavam em Kayseri vieram para cá e foi abandonada. Uma cidade-fantasma", afirmou.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor foi tão forte quanto um registrado no país em 1939 e que vitimou mais de 30 mil pessoas.

Na Turquia, 2.300 morreram, segundo o último balanço do governo; na Síria, foram 1.444, segundo a agência de notícias Reuters.

Este foi um dos abalos sísmicos mais mortais que ocorreram nas últimas décadas na Turquia, uma das zonas de terremoto mais ativas do mundo. Até a última atualização desta reportagem, milhares de pessoas ainda estavam desaparecidas.

Segundo especialistas e centros de pesquisa de atividades sismológicas, os principais pontos que podem explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada são:

Terremoto mata mais de mil pessoas na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1 2 de 2 Terremoto mata mais de mil pessoas na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1

Terremoto mata mais de mil pessoas na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1

Ainda de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, desde 1970, apenas três terremotos de magnitude 6 ou mais ocorreram nas proximidades do tremor desta segunda. Um dos maiores, de magnitude 6,7, ocorreu em 24 de janeiro de 2023.

E todos esses terremotos anteriores ocorreram ao longo ou nas proximidades da falha da Anatólia Oriental.

O Círculo de Fogo do Pacífico (uma região longe desse tremor de segunda) é a área com mais terremotos no mundo. Mas, historicamente, o sul da Turquia e o norte da Síria sofreram terremotos significativos e prejudiciais no passado.

Aleppo, na Síria, por exemplo, foi devastada várias vezes por grandes terremotos.

Segundo o USGS, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a cidade em 1138, e um terremoto de magnitude 7,0 ocorreu em 1822. As estimativas de fatalidade do terremoto de 1822 chegam a 60 mil.

Já na Turquia, além do terremoto de 1939, outros eventos significativos aconteceram mais recentemente.

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