Lula não terá apoio no Congresso para rever autonomia do Banco Central e privatização da Eletrobras

O presidente Lula não terá apoio no Congresso para rever nem a privatização da Eletrobras nem a autonomia do Banco Central – temas que têm sido alvo de críticas recorrentes do petista desde sua posse.

Nos dois casos, segundo aliados do próprio presidente no Legislativo, as reversões seriam um péssimo sinal para investidores e gerariam insegurança jurídica no país.

A ala petista do governo apoia o presidente nos dois temas. O restante da base aliada, no entanto, é contra – assim como parlamentares do Republicanos e do PP, partidos com grandes bancadas na Câmara.

Tanto a privatização da Eletrobras como a autonomia do Banco Central foram aprovadas pelo Congresso Nacional durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.

Interlocutores avaliam que Lula vem errando ao adotar esse discurso nos temas econômicos. A postura, afirmam, só assusta investidores, mercado financeiro e empresariado – além de gerar instabilidade no dólar, o que também prejudica a economia brasileira.

Para aliados, o presidente está dando um tiro no próprio pé e jogando contra o seu governo.

Empresários ouvidos pelo blog também classificam o discurso de Lula na economia como um erro político, que vai dar exatamente o efeito contrário do desejado pelo presidente.

Os juros podem voltar a subir, como alertou o Banco Central – e não cair, como seria o desejo de Lula.

Um assessor direto de Lula disse ao 💥️blog que o presidente estava preocupado com as informações que chegaram até ele, de que o Banco Central poderia mesmo aumentar os juros nestes primeiros meses de 2023.

Por isso, decidiu fazer a investida contra o Banco Central nos últimos dias.

“Agora, com certeza, ele conseguiu o seu objetivo: não há clima para o BC subir os juros”, avaliou o auxiliar do presidente.

O assessor admite, porém, que o tom das falas de Lula tem um custo econômico porque gera tumulto no mercado, pressiona a inflação e faz o dólar subir.

A tendência, segundo esse auxiliar, é que Lula diminua o tom das críticas a partir de agora. Principalmente, depois que a ata do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central destacou que o pacote fiscal do ministro Fernando Haddad pode ter efeito positivo para reduzir as pressões sobre a inflação.

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