Vizinhos de criança morta na Chácara do Céu dizem que só ouviram sirene de favela vizinha, o Borel, depois do deslizamento

Vizinhos da menina 💥️Ayla Sophia, de 💥️2 anos, morta soterrada na Chácara do Céu, comunidade na Zona Norte do Rio, dizem que só ouviram a sirene de alerta – instalada na favela vizinha, o Borel – após o desabamento, durante temporal na noite de terça-feira (8).

Segundo o Centro de Operações Rio, a sirene do Morro do Borel foi acionada quatro vezes, às 💥20h01. O Corpo de Bombeiros já havia sido acionado para o socorro da criança às 💥19h58, antes dos avisos sonoros, e populares já tentavam socorrer a criança por conta própria.

A Defesa Civil foi informada do desabamento por volta de 💥️20h30, mais de meia hora depois.

A Chácara do Céu não possui uma sirene própria para o risco de deslizamentos. Segundo a Prefeitura do Rio, a sirene do Borel, comunidade vizinha, também atende a Chácara.

Inicialmente, a Defesa Civil disse que a área não era mapeada como um local há alto risco geológico, ou seja, riscos de deslizamentos. Depois, foi informado que a área é sim de risco e que é atendida pela sirene do Borel.

De acordo com a Defesa Civil do Rio, a explicação para isso é que a sirene não pode ser instalada na Chácara do Céu, pois precisa ficar afastada da área de alto risco geológico.

Os pais da criança moravam na casa havia apenas três dias. Eles se mudaram para o imóvel depois que o pai conseguiu o dinheiro para parar o aluguel. Ele havia dado uma entrada e parcelado o restante do valor.

Ayla Sophia estava com a mãe dentro de casa no momento que a estrutura desabou. A mãe teve ferimentos leves, mas Ayla ficou presa nos escombros e não resistiu.

Na manhã desta quarta-feira (8), moradores relataram medo de novos deslizamentos, incluindo de pedras, e novas tragédias. Ainda há previsão de mais pancadas de chuva na cidade nesta quarta.

Casa onde criança ficou soterrada na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução 1 de 5 Casa onde criança ficou soterrada na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução

Casa onde criança ficou soterrada na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução

Deslizamento no Morro Chácara do Céu, na Tijuca, deixou uma criança morta — Foto: Arquivo pessoal 2 de 5 Deslizamento no Morro Chácara do Céu, na Tijuca, deixou uma criança morta — Foto: Arquivo pessoal

Deslizamento no Morro Chácara do Céu, na Tijuca, deixou uma criança morta — Foto: Arquivo pessoal

Bombeiros ainda estavam na comunidade Chácara do Céu nesta quarta-feira (8) — Foto: Reprodução/TV Globo 3 de 5 Bombeiros ainda estavam na comunidade Chácara do Céu nesta quarta-feira (8) — Foto: Reprodução/TV Globo

Bombeiros ainda estavam na comunidade Chácara do Céu nesta quarta-feira (8) — Foto: Reprodução/TV Globo

Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta manhã (8), o prefeito Eduardo Paes chegou a dizer que as sirenes estavam tocando na comunidade.

“Na chácara do céu, ontem, até onde eu sei, as informações que eu recebi é que as sirenes estavam de fato a tocando, então muita atenção com as sirenes. A sirene não toca por uma vontade. A gente toca combinando dados: o pluviômetro, a perspectiva de chuva, o radar. A partir daí a gente alerta as pessoas”, afirmou o prefeito.

Os moradores da comunidade lamentam a morte da menina e pedem ações do poder público.

“Foi uma fatalidade, uma criança, estamos todos abalados. Mas existem outras áreas de risco aqui e ninguém faz nada para prevenir. Eles aparecem nas tragédias e depois somem de novo. A gente cria protocolos, envia as informações e não tem retorno. Cai no esquecimento”, reforça a representante da associação de moradores, Carol Nóbrega.

Os moradores reforçam que a área tem risco de desabamentos e que já aconteceu anteriormente.

“Aqui perto da minha casa tem um muro de contenção que vira e mexe rola pedra ali, se descer vai matar muita gente aqui na comunidade. A rua está descendo. Falta mais uma tragédia para olharem por nós?”, questiona Silmara Calazans.

Pedras que rolaram na quadra de esportes da comunidade — Foto: Reprodução 4 de 5 Pedras que rolaram na quadra de esportes da comunidade — Foto: Reprodução

Pedras que rolaram na quadra de esportes da comunidade — Foto: Reprodução

“Na Rua Ernesto de Sousa mesmo já rolaram pedras enormes na quadra que as crianças ficam brincando. Imagina se acerta alguma delas, que tragédia não seria?”, completa.

A representante da associação de moradores cobra a presença dos órgãos dentro da Chácara do Céu.

“Não é falta de informação e conhecimento do poder público não, a gente faz tudo que pode. Mas viram processos encalhados e caem no esquecimento”, afirma.

Desabamento na Chácara do Céu — Foto: Reprodução/TV Globo 5 de 5 Desabamento na Chácara do Céu — Foto: Reprodução/TV Globo

Desabamento na Chácara do Céu — Foto: Reprodução/TV Globo

Em nota, a Defesa Civil explica que

Além disso, três interdições foram feitas no local. Uma no local do acidente e mais duas em casas vizinhas que foram afetadas.

Duas pessoas morreram em decorrência de impactos do temporal que atingiu a cidade do Rio nesta segunda (7). O município chegou a ficar em estado de 💥️alerta - etapa 4 em uma escala de 5, e continua em mobilização nesta quarta (8).

Ayla Sofia, de 2 anos, ficou soterrada depois que a casa em que ela morava com os pais desabou na comunidade Chácara do Céu, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A criança ficou presa em meio aos escombros e foi encontrada sem vida pelos bombeiros.

A segunda morte foi na manhã desta quarta-feira (8). Um idoso de 82 anos também foi soterrado depois que pedras deslizaram no Morro Santo Amaro, no Catete, na Zona Sul. Ele chegou a ser socorrido na noite de terça e foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas não resistiu.

Uma idosa de 60 anos foi socorrida junto com ele e ainda estava internada na unidade hospitalar nesta manhã (8).

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