Novo diretor da PRF diz que antecessor pode perder aposentadoria após conclusão de processo disciplinar

Silvinei Vasques foi exonerado no dia 20 de dezembro e se aposentou do serviço público três dias depois, com direito a receber o mesmo salário que recebia quando estava na ativa.

  • Novo diretor-geral da PRF afirmou que, caso Silvinei seja responsabilizado em processo disciplinar da instituição, ex-diretor pode ter a aposentadoria cassada.

  • Silvinei Vasques também é réu por improbidade administrativa acusado de ter usado o cargo para pedir votos para Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

  • O ex-diretor também é investigado por suposta omissão ao não tomar medidas mais enérgicas para desobstruir rodovias bloqueadas por bolsonaristas após as eleições.

    O novo diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, afirmou à 💥️GloboNews nesta quarta-feira (8) que o antecessor dele no cargo, o agente aposentado Silvinei Vasques, pode perder a aposentadoria após a conclusão do processo disciplinar do qual é alvo.

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    Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Silvinei Vasques foi exonerado do cargo de diretor-geral da PRF no dia 20 de dezembro do ano passado.

    Três dias depois, em 23 de dezembro, foi publicada no "Diário Oficial da União" a aposentadoria voluntária a Silvinei Vasques, com vencimentos integrais, ou seja, com o mesmo valor do salário que recebia quando estava na ativa.

    "Os processos disciplinares não deixam de ter o andamento devido com a aposentadoria. Eles prosseguem e, em havendo responsabilização do servidor, isso em pena máxima – que seria a exclusão da corporação – ele é revertido em cassação da aposentadoria. O processo não para com a aposentadoria", disse Antônio Fernando Oliveira em entrevista exclusiva.

    "Internamente, existe um processo disciplinar, que está em fase final, pelas informações cartoriais que recebemos", acrescentou o novo diretor-geral da PRF.

    Silvinei Vasques também é réu por improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público Federal, ele teria utilizado o cargo, indevidamente, ao pedir votos para a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    O ex-diretor também é investigado por suposta omissão ao não orientar medidas mais enérgicas para a desobstrução pela PRF de rodovias bloqueadas por bolsonaristas radicais após as eleições de 2022.

    A realização de blitzes pela corporação, durante o segundo turno das eleições, com ênfase desproporcional na região Nordeste, também é investigada.

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    Na tarde desta terça, Oliveira tomou posse no cargo em cerimônia no Ministério da Justiça. Em discurso, ele reafirmou que a corporação não tem partido e não aceitará atos golpistas.

    "A PRF, como órgão de Estado, não tem partido e não irá compactuar com qualquer investida contra a democracia", afirmou.

    Durante o discurso, Oliveira fez ainda referência aos ataques às sedes dos Três Poderes, que completaram um mês, que classificou como "um dos episódios mais deploráveis" do Brasil.

    "Resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não pode ser meramente retórica. Deve ser praticada diariamente em cada ação, gesto, palavra. Os valores genuínos da PRF, como educação, civilidade, respeito ao próximo, são imprescindíveis para a nação", declarou.

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