Justiça de São Paulo decreta falência da Livraria Cultura
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Livraria Cultura do Centro do Rio, que fechou as portas — Foto: Carlos Brito/G1
A Justiça de São Paulo decretou, nesta quinta-feira (9), a falência da Livraria Cultura, uma das redes mais tradicionais do país. A decisão foi tomada mais de quatro anos após a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de recuperação judicial da companhia.
Na época, a livraria já alegava estar em crise econômico-financeira. O pedido de recuperação havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.
Na decisão desta quinta, o juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho citou o "descumprimento do plano de recuperação judicial" ao justificar a falência.
De acordo com o magistrado, o novo plano de recuperação, firmado em 2023, também não foi cumprido pela empresa.
O magistrado listou uma série de pendências, como ausência de quitação das dívidas trabalhistas que deveriam ter sido integralmente quitadas até junho de 2023 e a falta de envio de documentos. Ele também destacou o vencimento do período de pagamento a credores.
Segundo o juiz, a inadimplência da empresa passa de R$ 1,6 milhão, "não se verificando qualquer perspectiva quanto à possibilidade de adimplemento".
Em 2023, a Justiça já havia rejeitado um pedido de mudança no plano de recuperação da empresa, e apontado que a falência poderia ser decretada.
Sérgio Herz, presidente Livraria Cultura, disse que a rede vai tentar reverter a decretação de falência em segunda instância e alertou para o risco de mais varejistas enfrentarem crises.
A Livraria Cultura vinha enfrentando uma forte crise desde meados de 2015, após o encolhimento do mercado editorial. A empresa tem hoje apenas duas lojas físicas, em São Paulo e em Porto Alegre, e mantém suas operações pelos canais digitais.
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