Carnaval em SP terá policiais infiltrados, patrulhamento com drones e proibição de vidro nos megablocos

1 de 5 Foliões se concentram na Praça Olavo Bilac, na Santa Cecília, Centro de São Paulo, neste domingo (27), apesar de proibição do carnaval de rua. — Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Foliões se concentram na Praça Olavo Bilac, na Santa Cecília, Centro de São Paulo, neste domingo (27), apesar de proibição do carnaval de rua. — Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quinta-feira (9) que policiais militares e civis farão patrulhamento à paisana durante o carnaval de rua. Ele também assegurou que haverá efetivo suficiente para garantir a segurança em todas as regiões do estado.

"Vamos ter policiais à paisana, infiltrados. Teremos torres de observação que vão dar uma ampla visão para que possa observar os foliões e identificar eventuais criminosos", destacou Derrite.

"A fiscalização por drone também será utilizada para que a gente possa coibir, para aquele criminoso que está vendo o drone evite uma tentativa de delito; e, caso ocorra, que as imagens produzidas pelo drone possam ser usadas para a investigação, identificação e prisão dos criminosos", completou.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que o carnaval de rua contará com um gabinete de crise formado pelas polícias Civil e Militar, pelo governo estadual, pela prefeitura da capital, pela Guarda Civil Metropolitana, pela SPtrans, pela Companhia de Engenharia e Tráfego, pelo Metrô e pela concessionária CCR.

“Todos estarão aqui para ajudar nos problemas que, porventura, aconteçam durante a Operação Carnaval”, afirmou o coronel Cássio de Freitas, comandante-geral da PM.

2 de 5 Como evitar ser algo de golpes no carnaval — Foto: Reprodução/TV Globo

Como evitar ser algo de golpes no carnaval — Foto: Reprodução/TV Globo

Freitas informou que todos os megablocos terão revistas pessoais, que serão feitas por empresas contratadas pela Prefeitura de São Paulo; os policiais vão auxiliar em ocorrências mais graves, por exemplo.

Garrafas de vidro não serão permitidas nos perímetros dos blocos com mais de 40 mil foliões.

“O que sugerimos é não levar objetos ilícitos, cortantes — como facas, canivetes, punhais. Objetos de vidro serão proibidos também. Isso facilita a vida do folião, porque ele pode brincar com mais tranquilidade”, apontou o coronel.

3 de 5 Furtos e roubos de celulares na cidade de São Paulo nos carnavais de 2023 e 2023 — Foto: Ana Carolina Moreno/TV Globo

Furtos e roubos de celulares na cidade de São Paulo nos carnavais de 2023 e 2023 — Foto: Ana Carolina Moreno/TV Globo

Nos últimos dois carnavais, em 2023 e 2023, nos quatro dias de folia, o número de furtos e roubos de celular aumentou. Em 2023, foram registrados pouco mais de 4,6 mil furtos de aparelhos. Em 2023, o número subiu para quase 4,8 mil — aumento de 4%.

Já os casos de roubos em 2023 somaram 1.691 registros; em 2023 foram quase 1.900, uma alta de 12%.

Registrar casos de violência contra a mulher, pessoas LGBTQIAP+ e crimes de preconceito deve ficar mais fácil este ano.

"O boletim eletrônico vai poder se registrado nos casos de violência sexual, preconceito por diversidade sexual, além dos pontos de apoio da Polícia Civil, em que as vítimas de crimes podem ir até lá e registrar que foram vítimas de violência", afirmou Derrite. (💥️)

4 de 5 Foliões na Rua dos Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, em 2023 — Foto: Divulgação/Eduardo Anizelli/BlocoRitaleena

Foliões na Rua dos Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, em 2023 — Foto: Divulgação/Eduardo Anizelli/BlocoRitaleena

Na última quinta-feira (2), a Prefeitura de São Paulo anunciou que a cidade terá 💥️511 desfiles de blocos durante o carnaval de rua. Entre as ações planejadas pela prefeitura, foi destacada a ampliação do rol de crimes na delegacia eletrônica.

💥️Em relação aos blocos por zonas de SP, serão:

O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que as delegacias móveis estarão em pontos-chave para emergência e haverá reforço nos plantões em delegacias de bairro. Além disso, o rol de crimes sexuais, preconceito e de intolerância será ampliado na delegacia eletrônica.

"Nós estamos ampliando o rol de crimes a serem relatados na delegacia eletrônica. Nós estamos ampliando o rol dos crimes de preconceito, violência sexual, diversidade sexual, gênero e segurança. Então, esses crimes já vão estar elencados lá e qualquer vítima que se sentir lesada vai poder elaborar o boletim de ocorrência na nossa delegacia eletrônica com toda a privacidade, e o atendimento do pessoal que vai estar de plantão."

Questionado pelo 💥️g1, Dian afirmou que essa ação vai continuar após o carnaval.

"Aproveitamos essa época para lançar isso, vai perdurar como rol de crimes na delegacia eletrônica para qualquer cidadão, a qualquer momento. Os crimes ainda não estavam previstos porque a gente estava implantando. Começamos com crimes contra o patrimônio, estava na implantação, só por isso. Motivo técnico."

💥️Leia também:

5 de 5 Coletiva da Prefeitura de SP sobre carnaval de rua nesta quinta-feira (2) — Foto: Gustavo Honório/g1

Coletiva da Prefeitura de SP sobre carnaval de rua nesta quinta-feira (2) — Foto: Gustavo Honório/g1

"Vamos ter delegado de plantão no DHPP também na nossa delegacia de crimes de intolerância, então, se precisar presencialmente para crimes mais graves, o DHPP vai estar de plantão também na delegacia de crimes de intolerância, à disposição também do público para crimes que a gente julgar mais graves, um eventual flagrante", ressaltou.

Ainda conforme o delegado, os departamentos especializados estarão também de plantão para crimes que acontecem normalmente.

"Quando a gente encontra um grande número de pessoas, que é o Denarc, que diz respeito ao crime de entorpecente, tráfico, vai estar à disposição tanto na localidade dos blocos quanto no departamento para eventuais necessidades, e o DEIC, para crimes contra o patrimônio".

Alexandre Prates, coordenador operacional da PM, afirmou que, além da capital, haverá policiamento rodoviário estadual realizando fiscalizações tanto na entrada quanto na saída da cidade de São Paulo.

"Existe uma determinação do nosso comandante-geral para que nós trabalhássemos com força total em todo o período do carnaval."

O secretário de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, afirmou que haverá disponibilização de leitos de observação, leitos de emergência, além de 20 postos de saúde (3 fixos) que vão acompanhar os megablocos.

"Serão 100 ambulâncias, 80 têm suporte básico para transporte e 20 com suporte avançado para casos graves. Além das ambulâncias fixas, nós contratamos 600 diárias de ambulância, 500 básicas e 100 de suporte avançado para atender a todos os blocos menores que tão distribuídos pela cidade."

A meta da prefeitura é a de que 50% de todo o material retirado das ruas seja reciclado. “Meta ousada, estamos bem organizados. Transformar o carnaval em oportunidade de geração de renda para cooperativas. Acabou o carnaval, nós precisamos devolver as ruas limpas da cidade”, disse Alexandre Modonezi, secretário municipal de Subprefeituras.

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