‘Ele acabou com o meu sonho’, diz mulher que acusa policial civil de estupro dentro de delegacia

Crime teria acontecido em um quarto da 12ª DP (Copacabana) — Foto: Divulgação/Polícia Civil 1 de 1 Crime teria acontecido em um quarto da 12ª DP (Copacabana) — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Crime teria acontecido em um quarto da 12ª DP (Copacabana) — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dez dias após relatar ter sofrido uma violência sexual, a vendedora 💥️E., de 25 anos, conta que ainda acorda assustada no meio da noite vendo o rosto do seu abusador e tendo pesadelos com tudo o que viveu.

Ela acusa um policial civil de tê-la estuprado dentro da 12ª DP, em Copacabana. Ela foi até o local depois de ter sido agredida pelo ex-companheiro. Os vizinhos chamaram policiais militares para ajudar na situação, que encaminharam os dois para a delegacia de Copacabana.

Mas antes que pudesse registrar queixa ou poder explicar a situação que vivera, E. viu seu ex-companheiro ser levado para uma cela, e, segundo ela, começou a ser assediada por um investigador.

E. conta que, na sequência, foi chamada a acompanhar o agente a uma sala. Chegando lá, descobriu ser uma espécie de quarto, onde foi trancada e teria começado a sofrer os abusos.

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Ela conta que ouviu a proposta para ter a relação sexual com o investigador, mas que recusou. Foi então que ele teria começado a ameaçar o ex-companheiro de E. dizendo que se ela não aceitasse as investidas, ele o manteria preso e que o torturaria jogando água e dando choques💥️.

O investigador também teria usado de força e mais violência psicológica ao exibir sua arma para a vendedora. Ele também a teria enforcado até conseguir cometer o ato sexual.

E. diz que chamou atenção o fato de o homem ter camisinhas no local, o que, para ela, sinalizaria que ele faria isso costumeiramente.

A vendedora diz que, após o abuso, o homem pediu o número do telefone dela, como se nada tivesse acontecido. Ela deu, mas permaneceu trancada no tal quarto. Ela começou a pedir para ir embora e também a exigir que o ex-companheiro fosse libertado em uma conversa por aplicativo de mensagens.

E. foi liberada por volta das 6h da manhã do dia 4 de fevereiro. Seu ex-companheiro, por volta das 8h do mesmo dia.

Ela foi direto para casa, onde contou o que houve para mãe. Muito assustada, pensou em não registar queixa, mas lembrou das aulas do curso preparatório para o concurso da polícia e foi até uma Delegacia de Atendimento à Mulher e fez o registro de ocorrência. De lá, foi encaminhada para exame de corpo de delito, que apontou que ela sofreu violência por ação contundente e solicitou mais exames para atestar o abuso sexual.

Após a denúncia, a Polícia Civil afastou o agente e abriu dois inquéritos – um na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio e outro na Corregedoria-Geral da instituição – para apurar a conduta dele no caso.

Com o laudo do IML, a Deam do Centro pediu a prisão preventiva do investigador. No entanto, o Tribunal de Justiça negou.

Advogado da vítima, 💥️Patrick Rosa 💥️Barreto diz que vai voltar a pedir a prisão do investigador.

Em nota, a Polícia Civil disse que "o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, que ouviu os envolvidos e testemunhas, e realizou outras diligências". O telefone celular do investigador foi apreendido e foi encaminhado para perícia.

Ainda de acordo com a instituição, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) instaurou sindicância e afastou imediatamente o servidor, que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que todos os fatos já estão sendo apurados, assim como as medidas cabíveis serão adotadas no rigor da lei".

O agente está sendo defendido pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (SindPol), que diz que "

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