Chuva de raios no RJ: metade de fevereiro de 2023 já teve mais que o dobro de registros do mês inteiro do ano passado

O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga 1 de 5 O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga

O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga

A quantidade de raios registrada nos primeiros dias de fevereiro no Estado do Rio de Janeiro é mais que o dobro da notificada ao longo de todo o mês no ano passado. Até o dia 13 de fevereiro, foram mais de 478 mil raios. Em 2022, o mês de fevereiro teve em torno de 206 mil raios.

A informação é do sistema Earth Networks. A detecção de raios se dá por meio de antenas instaladas em superfícies que detectam a variação do campo elétrico.

Na segunda (13), o Estado do Rio de Janeiro registrou 180 ocorrências de raios entre 14h e 22h.

E os moradores do Rio de Janeiro devem ficar atentos, segundo a meteorologista Hana Silveira, do Climatempo.

Nesta terça (14), as altas temperaturas e a disponibilidade de umidade favorecem a formação de nuvens carregadas, e por isso a previsão de pancadas de chuva forte isoladas com raios e rajadas ao fim do dia se mantém em todo o estado, com maior potencial nas regiões Sul, Centro Sul e Serrana do estado.

A temperatura máxima prevista para a capital é de 34°C.

A chuva forte, com raios associados, é comum nesta época do ano devido ao verão. A combinação das altas temperaturas com a umidade elevada favorecem a formação destas nuvens mais carregadas, chamadas de .

Além disso, este ano, em vários dias, no Rio de Janeiro houve a atuação de cavados atmosféricos, que são fenômenos meteorológicos que ajudam no processo de formação destas nuvens.

Uma das hipóteses que explica o aumento destes cavados é a La Niña, que é o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

O fenômeno altera o tempo em todo o planeta e, na Região Sudeste do Brasil, provoca a maior frequência dessas instabilidades.

O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga 2 de 5 O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga

O fotógrafo Fernando Braga registra raio atingindo o Cristo Redentor — Foto: Fernando Braga

Na tarde da última sexta (10), em uma das tempestades que atingiram o Rio de Janeiro neste mês de fevereiro, alguns raios caíram no Cristo Redentor. As imagens do fotógrafo Fernando Braga correram o mundo.

De acordo com o Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor, as descargas queimaram a iluminação do monumento e computadores.

A estátua saiu ilesa, porém ficaram queimados os holofotes de LED voltados para o Cristo e as lâmpadas da Capela de Nossa Senhora Aparecida, que fica na base do monumento.

Inspeção no Cristo não encontra avarias após raio cair no Santuário — Foto: Divulgação 3 de 5 Inspeção no Cristo não encontra avarias após raio cair no Santuário — Foto: Divulgação

Inspeção no Cristo não encontra avarias após raio cair no Santuário — Foto: Divulgação

As medidas que agora garantem a integridade da estátua foram determinadas por meio de um estudo. Em 2015, foi diagnosticado que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas no Cristo não garantia sua integridade, representando sério risco à estrutura.

Uma adequação foi realizada em 2023, com a instalação da nova coroa com dimensão quatro vezes maior que a antigos, além de captores e aterramento mais robustos.

“Nosso símbolo maior, atingido por fortes descargas elétricas, mostrou-se resistente mais uma vez. De forma recorrente atingido por todo tipo de intempéries climáticas, permanece iluminando o céu, resiliente, acolhedor e solidário como cada brasileiro”, afirmou o reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, Padre Omar.

Holofotes do Cristo queimaram — Foto: Divulgação 4 de 5 Holofotes do Cristo queimaram — Foto: Divulgação

Holofotes do Cristo queimaram — Foto: Divulgação

Em outro caso, a queda de um raio assustou os moradores de Saquarema, na Região dos Lagos, na sexta. A cabeleireira Suelen Veniali fez o vídeo do momento exato do raio atingindo a Praia de Itaúna.

Mesmo durante a noite, é possível ver a cidade como se fosse dia. Suelen contou ao g1 que estava em um restaurante, filmando a chuva de raios, quando um caiu bem perto do local.

"Foi um barulho ensurdecedor, um susto imenso, acabou a luz, mas, graças a Deus, não houve nenhum ferido e não passou de um susto", disse a cabeleireira ao g1.

Clarão do raio deixou Praia de Itaúna, em Saquarema, como se fosse dia — Foto: Suelen Veniali/Arquivo pessoal 5 de 5 Clarão do raio deixou Praia de Itaúna, em Saquarema, como se fosse dia — Foto: Suelen Veniali/Arquivo pessoal

Clarão do raio deixou Praia de Itaúna, em Saquarema, como se fosse dia — Foto: Suelen Veniali/Arquivo pessoal

No dia 7 de fevereiro, Aroldo Alves Júnior, de 26 anos, morreu depois de ser atingido no tórax por um raio enquanto trabalhava na laje de uma casa no bairro Vilatur, em Saquarema.

Na sexta passada, um homem de aproximadamente 30 anos foi atingido por um raio na Estrada Ademar Ferreira Torres, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, e não resistiu aos ferimentos.

A Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro conta com uma página com informações e respostas sobre as dúvidas mais frequentes sobre raios e como buscar proteção. O site destaca que a corrente do raio pode causar queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas.

A extensão do dano depende da intensidade da corrente, das partes do corpo afetadas, das condições físicas da vítima e das condições específicas do incidente.

💥️Algumas recomendações da Defesa Civil:

💥️Dentro de casa:

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