Distrito Federal lidera ranking de maior renda e patrimônio por habitante; veja a lista
Praça dos Três Poderes, em Brasília, com vista para o Congresso Nacional — Foto: Tony Winston/Agência Brasília/Divulgação
Os mais ricos do país estão no Distrito Federal. Ao menos foi o que apontou o Mapa da Riqueza do Brasil, estudo coordenado pelo economista e diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri, e feito com base no imposto de renda de pessoas físicas (IRPF).
De acordo com o levantamento, o Distrito Federal está no 💥️topo do ranking de renda média da população (R$ 3.148) e é a 💥️unidade da federação com a maior declaração de patrimônio por habitante (R$ 94,7 mil). Em seguida veio o estado de São Paulo, com uma renda média de R$ 2.093 e patrimônio médio de R$ 90,8 mil.
O Rio de Janeiro, por sua vez, ocupa o terceiro lugar no ranking da renda média (R$ 1.754), mas baixa para a quinta posição entre os estados com maior declaração de patrimônio por habitante (R$ 63,1 mil).
O estudo também faz o cálculo dos dados por capitais. Nesse caso, o primeiro lugar fica com Florianópolis, em Santa Catarina, com R$ 4.215 de renda média e R$ 169 mil de patrimônio médio por habitante. Em seguida, vieram Porto Alegre (RS) e Vitória (ES).
Já na abertura por municípios, o ranking mostra as 677 maiores cidades do Brasil, cuja população ultrapassa 50 mil habitantes.
“Dentre os 20 [municípios] mais ricos, encontramos todas as capitais do eixo Sul-Sudeste, sendo Florianópolis a melhor posicionada, como a 4ª cidade de maior renda no país”, informa o levantamento.
Os outros quatro municípios brasileiros que estão no topo da lista são Nova Lima (BH), São Caetano do Sul (SP), Niterói (RJ) e Santos (SP).
O estudo também apontou que mais de 80% da população não fez a declaração do IRPF em 24 das 27 unidades da federação e em 16 das 27 capitais brasileiras em 2023 – o que indicaria que a maioria das pessoas nessas localidades tinha renda inferior a R$ 2 mil.
“Por outro lado, alguns bolsões do país têm ganho médio próximo de R$ 40.000. É o caso do Lago Sul, no Distrito Federal, onde a renda mensal é de R$ 39.535 entre os declarantes do IRPF”, informou o levantamento.
O estudo da FGV Social também aponta que a pandemia aumentou a desigualdade de renda no Brasil.
De acordo com o levantamento, a perda de renda do 1% da população mais rica do país foi de 1,5%, enquanto a da classe média foi de 4,2%.
Para esse cálculo, o estuda utiliza o índice de Gini – instrumento usado para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo.
Assim, unindo a base de dados do IRPF à da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), 💥️o índice de Gini chegou a 0,7068 em 2023 – bem maior do que os 0,6013 calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que usa apenas a Pnad.
Nesse caso, 💥️quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a diferença de renda entre as classes econômicas. "Cada 0,03 ponto equivale a uma grande mudança da desigualdade, segundo Tony Atkinson [economista]", diz o levantamento.
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