Como vem o Salgueiro? Academia vai mostrar que no Paraíso Vermelho não é pecado ser feliz

Serpente do paraíso vermelho do Salgueiro tem quase cem metros de comprimento e rodeia dois chafarizes — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 1 de 4 Serpente do paraíso vermelho do Salgueiro tem quase cem metros de comprimento e rodeia dois chafarizes — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Serpente do paraíso vermelho do Salgueiro tem quase cem metros de comprimento e rodeia dois chafarizes — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Diz a canção que não existe pecado do lado de baixo do Equador. E a Acadêmicos do Salgueiro pergunta: mas o que é pecado? O que é certo e o que é errado? E propõe ao público uma reflexão sobre a 💥️liberdade de expressão e faz um convite para que todos sejam felizes no carnaval.

O Salgueiro vai ser a quinta escola a desfilar no domingo (19), na Sapucaí, com o enredo "Delírios de um Paraíso Vermelho", do carnavalesco 💥️Edson Pereira, que estreia na Vermelha e Branca da Tijuca.

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Edson, que se destacou pelos carnavais grandiosos que assinou nos últimos três anos na Unidos de Vila Isabel, não faz por menos no Salgueiro. Basta dizer que o abre-alas com três chassis — sendo apenas dois carros acoplados, como limita o regulamento — tem cerca de 💥95 metros de extensão. O maior previsto para entrar na Avenida em 2023.

"A inspiração no trabalho do Joãosinho Trinta começa aí. Ele tinha uma produção criativa que buscava vencer os limites, combatia o pré-julgamento usando materiais nem sempre nobres, transformava o lixo em luxo. Não se trata de um enredo biográfico, mas inspirado na filosofia desse gênio, que tinha na liberdade de expressão a sua prioridade. Basta lembrar de 'Ratos e urubus'", explicou o carnavalesco.

Grandiosidade, marca do carnavalesco Edson Pereira, se faz presente principalmente no abre-alas do Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro 2 de 4 Grandiosidade, marca do carnavalesco Edson Pereira, se faz presente principalmente no abre-alas do Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

Grandiosidade, marca do carnavalesco Edson Pereira, se faz presente principalmente no abre-alas do Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

Num enredo onírico, nessa atmosfera de sonho, como eram os enredos de Joãosinho, Edson vai convidar o público a conhecer a sua ideia de paraíso. Um Éden vermelho e exuberante — com dois chafarizes com 15 mil litros de água —, como é a paixão do salgueirense, que foge aos padrões pré-estabelecidos. Nele Adão e Eva são negros.

"A sociedade impõe padrões, aponta o dedo para os erros, pré-julga. O paraíso do Salgueiro propõe uma reflexão sem o compromisso com a verdade absoluta. A gente propõe uma releitura dos pecados capitais. O que é certo para você pode não ser para mim. E a gente tem de aprender a respeitar isso", afirmou Edson.

O certo e o errado, o bem e o mal, vão estar representados no segundo setor da escola, que promove um duelo entre São Miguel Arcanjo e o demônio, sobre o que é verdade ou mentira no reino celestial.

Um apocalipse com cavaleiros contemporâneos vai convidar o público a refletir sobre a autodestruição do ser humano, nas guerras, com a poluição, a degradação do meio ambiente, o consumo exagerado.

O Demônio trava luta celestial entre o certo e o errado com São Miguel Arcanjo, no Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro 3 de 4 O Demônio trava luta celestial entre o certo e o errado com São Miguel Arcanjo, no Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

O Demônio trava luta celestial entre o certo e o errado com São Miguel Arcanjo, no Salgueiro — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

Mas nem tudo está perdido. No setor da redenção, a enorme Barca de Caronte traz de volta das profundezas do inferno todos aqueles que foram considerados pecadores.

"O Salgueiro que mostrar que as pessoas têm o direito de ser feliz do jeito que bem entenderem. É uma luta contra o preconceito. Entre os remidos estão meretrizes, miseráveis, pessoas LGBTQIA+, pessoas excluídas quando pensam ou agem fora dos padrões", disse o carnavalesco.

Cores quentes como laranja e vermelho, que representa a paixão do salgueirense, vão dar o tom da liberdade de expressão no Paraíso Vermelho — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro 4 de 4 Cores quentes como laranja e vermelho, que representa a paixão do salgueirense, vão dar o tom da liberdade de expressão no Paraíso Vermelho — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

Cores quentes como laranja e vermelho, que representa a paixão do salgueirense, vão dar o tom da liberdade de expressão no Paraíso Vermelho — Foto: Divulgação/Acadêmicos do Salgueiro

E quando esse povo chega de volta à Terra, o Salgueiro convida o público a desfrutar desse grande momento de liberdade de expressão que é o carnaval.

"No carnaval, as pessoas são livres para ser o que quiserem ser. É quando o Rei Momo abre as portas do paraíso para a alegria, a felicidade e a total liberdade de expressão. No Paraíso Vermelho do Salgueiro pecado é não ser feliz", disse Edson Pereira.

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