1 ano da tragédia em Petrópolis: O que mudou nos protocolos de segurança onde 2 ônibus foram arrastados

Um homem observa dois ônibus destruídos após temporal com deslizamentos em Petrópolis (RJ) — Foto: Ricardo Moraes/Reuters 1 de 3 Um homem observa dois ônibus destruídos após temporal com deslizamentos em Petrópolis (RJ) — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Um homem observa dois ônibus destruídos após temporal com deslizamentos em Petrópolis (RJ) — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O que parecia mais uma tarde de alagamento na rua Coronel Veiga, no Centro de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, ganhou proporções de uma tragédia histórica em 15 de fevereiro de 2022.

A enxurrada na tarde daquela terça-feira arrastou pessoas na área central da cidade, e, na rua Coronel Veiga, empurrou dois ônibus para dentro do Rio Quitandinha.

Na ocasião, imagens mostraram o desespero das pessoas tentando sair dos ônibus, já quase totalmente submersos. Muitos não conseguiram, sendo dado início a uma longa busca pelos corpos nos dias e meses seguintes.

Já à noite na Rua do Imperador, corpos começaram a aparecer depois que o nível do rio baixou.

Corpos começaram a ser recolhidos após baixa do nível do rio no Centro de Petrópolis — Foto: Arquivo pessoal 2 de 3 Corpos começaram a ser recolhidos após baixa do nível do rio no Centro de Petrópolis — Foto: Arquivo pessoal

Corpos começaram a ser recolhidos após baixa do nível do rio no Centro de Petrópolis — Foto: Arquivo pessoal

O maior desastre natural da história de Petrópolis, com 235 mortes, gerou grande comoção e mobilizou autoridades para criar novos protocolos de segurança e aperfeiçoar os existentes. Afinal, eventos climáticos extremos, como o ocorrido na cidade, sinalizam para a possibilidade desses fenômenos se tornarem cada vez mais intensos e frequentes, como explicou, na ocasião, o climatologista Carlos Nobre.

Arte mostra como ônibus foram arrastados em Petrópolis para dentro do rio — Foto: Arte g1 3 de 3 Arte mostra como ônibus foram arrastados em Petrópolis para dentro do rio — Foto: Arte g1

Arte mostra como ônibus foram arrastados em Petrópolis para dentro do rio — Foto: Arte g1

Depois da tragédia foi criado um novo protocolo de segurança para a região da Rua Coronel Veiga, onde é comum os alagamentos quando chove forte na cidade.

O protocolo foi definido após reunião de técnicos da Defesa Civil, representantes do Ministério Público e rodoviários

💥️Veja medidas

Uma das medidas é a proibição dos coletivos da cidade de trafegarem por áreas alagadas, o que foi infringido por um motorista em janeiro deste ano, sendo o mesmo demitido por justa causa. Um vídeo do motorista passando pelo trecho inundado foi feito por um dos passageiros.

Outra medida foi a pintura de uma faixa de segurança na lateral dos coletivos para determinar o limite da água.

"Não deu para fugir do alagamento, chegou nesse nível, deve orientar as pessoas a desembarcarem e procurarem uma ilha de segurança", explica Carla Rivetti, Diretora do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro).

Caso os passageiros enfrentem dificuldades ou não queiram desembarcar, o motorista deve ligar para o corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.

Para garantir mais segurança, foi instalada uma cancela na Ponte Fones para impedir que os veículos sigam em caso de enchente. Ainda há previsão de instalação de mais duas cancelas, nas Duas Pontes e na altura da UPA Centro, entre as ruas Rocha Cardoso e Washington Luiz.

As cancelas serão acionadas automaticamente pelos agentes da Defesa Civil por meio do Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (Cimop), de acordo com as análises do tempo e do volume dos rios.

Outra ação foi a criação de "ilhas de segurança", que já começaram a receber sinalização horizontal pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Além da pintura sobre o asfalto, a sinalização vertical já havia sido instalada em dezembro, com placas que apontam os locais seguros, orientando os motoristas.

A Defesa Civil também está instalando duas sirenes para alertar sobre a possibilidade de inundações. Uma delas já está instalada na subida da Rua Nelson de Sá Earp, no Centro. Uma outra será colocada na Rua Coronel Veiga, nas imediações da Escola Municipal Jamil Sabrá.

As sirenes para inundação serão acionadas em caso de risco iminente de transbordamento do rio, e a localização foi definida de acordo com estudos elaborados pela Defesa Civil em conjunto com a empresa responsável pela instalação do sistema.

“É importante a população entender que quando falamos de sirenes há uma diferença. Temos as sirenes de deslizamento e temos as sirenes de inundação. A partir de agora, o primeiro distrito será contemplado com este sistema, com o objetivo de alertar a população sobre casos de alagamentos e preservar vidas”, disse o secretário de Proteção e Defesa Civil, Gil Kempers.

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