Tecidos mofados e até queimados viram fantasias de escolas de samba; agremiações usam material reciclado para montar alas

Fantasia do Salgueiro feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 3 Fantasia do Salgueiro feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo

Fantasia do Salgueiro feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo

O que viraria lixo, vira fantasia de carnaval. Escolas de Samba do Rio estão usando materiais recicláveis para montar roupas e alas para o desfile de carnaval desse ano.

Uma das roupas que a Acadêmicos do Salgueiro vai entrar na Sapucaí nesse domingo (19) foi feita com 3 mil metros de sacos de lixo e restos de tecido que sobraram de outras roupas, um deles estava havia cinco anos guardado e até mofo tinha.

Três alas vão entrar com fantasias recicladas. Entre os materiais, tem pedaços de carpete, sobras de plástico e tecidos queimados e pintados. Ao todo, a escola utilizou 6km de sacos de lixo.

A maior inspiração da escola é o carnavalesco Joãozinho Trinta, que desfilou e ficou campeão pela escola em 1974. É um exemplo que o carnaval é capaz de transformar lixo em luxo e arte.

Fantasia da escola Paraíso do Tuiuti feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 3 Fantasia da escola Paraíso do Tuiuti feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo

Fantasia da escola Paraíso do Tuiuti feita com material reciclado — Foto: Reprodução/TV Globo

A Paraíso do Tuiuti cobriu alegorias com papel, que geralmente é usado em decoração de bolo.

A Unidos da Tijuca também inovou usando CD’s. O material foi utilizado para dar o efeito de espelho na fantasia. Como atualmente os CD’s quase não são utilizados e virariam lixo, as peças foram reaproveitadas.

A escola recebeu a doação de mais de 800 CDs da comunidade.

Materiais para as escolas de samba reaproveitarem — Foto: Reprodução/TV Globo 3 de 3 Materiais para as escolas de samba reaproveitarem — Foto: Reprodução/TV Globo

Materiais para as escolas de samba reaproveitarem — Foto: Reprodução/TV Globo

“Esses materiais circulam, a gente faz de tudo para criar o menos lixo possível. A gente consegue fazer um produto de qualidade. A gente consegue fazer um espetáculo grandioso, com tudo o que a gente precisa, para a comunidade ficar orgulhosa e a gente também consegue trazer soluções novas para a Sapucaí”, explica o carnavalesco Jack Vasconcelos.

“Falar em sustentabilidade, pensar dessa forma é importante não só para o carnaval, mas para toda uma cultura, toda uma nação. Não é apenas você fazer um carnaval lindo, entender que aquele carnaval é lindo, vai passar na avenida lindo, mas no final do desfile, no final da avenida, você ter caminhões de lixo para jogar tudo isso fora”, completa o carnavalesco do Salgueiro.

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