Controladoria abre investigação sobre prédio de luxo construído sem autorização da Prefeitura de SP; cada unidade custa R$ 20 mi

A Controladoria-Geral do Município (CGM) de São Paulo abriu uma investigação nesta quinta-feira (16) para apurar como um prédio de luxo de 20 andares foi construído na Zona Oeste da cidade sem autorização da prefeitura.

No cargo há apenas 15 dias, Leonardo Casal Santos, subprefeito de Pinheiros, determinou a digitalização dos processos e criou uma comissão com a presença de funcionários da Subprefeitura e da CGM, mas não estipulou prazo para conclusão.

“Não existe a possibilidade de colocar a mão no fogo e dizer que não existe corrupção, mas é isso que vamos investigar. Eu já determinei e vai ser publicado no Diário Oficial uma comissão de averiguação da Subprefeitura, com funcionários da Sub e da CGM”, apontou ele.

A Subprefeitura de Pinheiros informou que o prédio tem 20 andares e três subsolos. Os apartamentos têm o valor de R$ 20 milhões cada um.

Para construir um edifício como foi feito, a construtora São José deveria ter comprado, segundo a Subprefeitura, 3.514 Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção). Cada um custa cerca de R$ 17 mil. A conta ficaria em quase R$ 62 milhões.

Os Cepacs foram uma maneira que o município criou para reduzir o impacto de grandes obras em algumas regiões, como a da Faria Lima.

Em um documento entregue à prefeitura, a empresa dizia que tinha os títulos, o que não foi confirmado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que não admite que o prédio tenha sido construído sem que ninguém tenha visto.

"É muito estranho que um empreendimento daquele tamanho, que começou em 2015... Em 2015 tinha placa de estande de vendas e ninguém tenha percebido. A questão da omissão também deve ser responsabilidade do agente. Não tem como ver um prédio daquele tamanho e não tomar nenhuma atitude. O que posso garantir é que vamos fazer uma apuração e, havendo culpados, punir com muito rigor”, disse Nunes.

A equipe do 💥️SP2 foi até a sede da construtora São José, na Zona Sul, mas nenhum representante quis falar sobre o caso.

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