'Fui convidado e vim com o intuito de levar o título do carnaval carioca para a Ilha de Marajó', disse Mestre Da

1 de 1 Mestre Damasceno, na frente alegoria da Paraíso do Tuiuti, onde vai desfilar — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Mestre Damasceno, na frente alegoria da Paraíso do Tuiuti, onde vai desfilar — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Quando a Paraíso do Tuiuti entrar na avenida para contar a história do aparecimento de búfalos indianos na Ilha de Marajó, vai aproveitar para apresentar ao público e homenagear um dos maiores divulgadores da cultura do Pará. Mestre Damasceno, 68anos, cantor e compositor de carimbó e criador do Búfalo-Bumbá.

"Estou muito emocionado. Não vou cantar o samba, porque o samba-enredo puxa muito da voz da gente. O carimbó é mais leve para a garganta. Mas minha expectativa é que tudo dê certo. Fui convidado, estou no Rio pela primeira vez e vim com o intuito de ganhar. Quero levar a vitória no carnaval do Rio para o Pará. Vim de tão longe para levar algo de bom de volta para minha terra", disse Mestre Damasceno.

Deficiente visual, Mestre Damasceno vai desfilar num trono colorido no último carro, o do Bufódromo - a avenida de desfiles do Búfalo-Bumbá, idealizado por ele. Mas os sete músicos do seu grupo de carimbó, o Nativos Marajoara, vão desfilar no chão.

Mesmo dizendo que puxar samba-enredo é difícil, Mestre Damasceno garante que escutou bastante o samba da Tuiuti e prometeu não passar calado na avenida.

"É a primeira vez que vou estar na Sapucaí, mas desde menino escuto e canto os sambas do Rio lá na minha cidade, Salvaterra. Quando tinha 15, 16 anos, aprendia todos os sambas do Rio e junto com meus amigos, agitava um carnaval na cidade. A gente fazia uma baguncinha boa com muito samba e cachaça. Hoje quero reviver esses momentos bons", disse Mestre Damasceno.

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