Beija-Flor lembra 200 anos da independência da Bahia em desfile com Ludmilla puxando samba

Em busca da conquista do 15º título, a Beija-Flor entrou com 23 alas, seis carros e três tripés, além dos 3,5 mil integrantes. Durante o desfile, a cantora Ludmilla acompanhou Neguinho da Beija-Flor e os outros intérpretes nos microfones (💥veja acima fotos do desfile).

O desfile da escola começou com a comissão de frente, chamado de "Onde o povo fez história e a escola não contou". Nesta etapa, a tentativa foi de trazer uma nova versão para o Dia da Independência, diferente da que se conta nas escolas. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, representam o caboclo, principal figura da festa de 2 de julho.

1 de 11 Beija-Flor entra com o pé direito na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1 2 de 11 Lorena Raissa, rainha de bateria da Beija-Flor — Foto: Stephanie Rodrigues/g1 3 de 11 Neguinho da Beija-Flor na concentração da Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1 4 de 11 Abre-alas da Beija-Flor — Foto: Alexandre Durão/g1 5 de 11 Elemento cênico da Comissão de Frente da Beija-Flor — Foto: Alexandre Durão/g1 6 de 11 Selminha Sorriso — Foto: Alexandre Durão/g1 7 de 11 Claudinho e Selminha Sorriso, 1º casal da Beija-Flor — Foto: Alexandre Durão/g1 8 de 11 Comissão de Frente da Beija-Flor — Foto: Alexandre Durão/g1 9 de 11 Comissão de Frente da Beija-Flor — Foto: Alexandre Durão/g1 10 de 11 Raíssa Oliveira, ex-rainha de bateria da Beija-Flor samba no alto de carro alegórico da escola — Foto: Marcos Serra Lima/g1 11 de 11 Neguinho da Beija-Flor e Ludmilla cantam juntos no desfile da Beija-Flor, na Sapucaí — Foto: Alexandre Durão/g1

O abre-alas "Descontruindo a fantasia histórica" questionou a data oficial da Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822. No enredo, a libertação de Portugal só foi possível pela luta popular. A atriz Isabel Fillardis foi o destaque da alegoria. A primeira ala que acompanhou o carro mostrou um exército formado por negros, indígenas, mestiços e brancos pobres.

O carro seguinte, "O dia em que o povo ganhou", representou o dia 2 de julho de 1823, quando a houve a batalha em que as tropas brasileiras expulsaram os portugueses da Bahia. Foram destaques na alegoria a atriz Giovana Lancelotti e a cantora Majur, como Maria Felipa de Oliveira, uma pescadora que participou da luta de independência da Bahia. Estiveram por lá ainda Zezito Alves e Assis, que voltou a tempo, depois do incêndio, para o desfile.

Parte das alas homenageou os levantes populares como os botocudos ("Ode aos Botocudos), os Malês ("Sonho de liberdade Malê"), a cabanagem ("Orgulho cabano e identidade amazônica"), os quilombolas ("Um grito de liberdade quilombola") e a Balaiada ("Ala das baianas do balaio vem a revolução").

Cinco das alas fizeram críticas à república militarizada ("República da espada e do coturno"), ao coronelismo e voto de cabresto, à falta de oportunidade para os negros com a política adotada após da abolição, que privilegiaram trabalhadores brancos europeus ("Ala Cota para branco"), às teorias da "ameaça comunista" ("Ala Ameaça vermelha - fantasma do comunismo"), e ao regime militar. O penúltimo carro, "Chumbo da autocracia" apontou como a ditadura militar foi um período sombrio para o país.

Em seguida, foi a vez das alas que abordaram temas como a luta pela proteção das terras indígenas, a luta contra o racismo, a luta de movimentos operários, contra a fome, do feminismo e pelos direitos LGBTQIA+. A escola fechou com os carros "Por um novo nascimento", com uma nova bandeira para o país, e o tripé "O amanhã não está à venda", acompanhados da ala "O cordão dos excluídos e outros Brasis".

Neguinho da Beija-Flor e Ludmilla cantam juntos no desfile da Beija-Flor, na Sapucaí — Foto: Alexandre Durão/g1 1 de 1 Neguinho da Beija-Flor e Ludmilla cantam juntos no desfile da Beija-Flor, na Sapucaí — Foto: Alexandre Durão/g1

Neguinho da Beija-Flor e Ludmilla cantam juntos no desfile da Beija-Flor, na Sapucaí — Foto: Alexandre Durão/g1

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