Dólar chega próximo dos R$ 5,20, mas suaviza alta no fim do pregão

Dólar — Foto: Pixabay 1 de 1 Dólar — Foto: Pixabay

Dólar — Foto: Pixabay

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira de cinzas (22), em dia de sessão com horário de funcionamento reduzido na volta do feriado de Carnaval no Brasil. Investidores repercutiram a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e seguem de olho na inflação dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,16%, cotada a R$ 5,1697. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, último pregão antes do Carnaval, o dólar registrou uma queda de 0,95%, vendido a R$ 5,1614. 💥️Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 1,90% no mês. No ano, entretanto, ainda tem queda de 2,05%.

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No Brasil, o dia é de agenda esvaziada na volta dos feriados de Carnaval. Por aqui, investidores monitoram a divulgação do boletim Focus, do Banco Central do Brasil (BC) e continuam acompanhando o noticiário político e fiscal doméstico.

Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia deve trabalhar em conjunto com o Poder Executivo para o bem da economia brasileira e destacou que o foco é melhorar o bem-estar social por meio da contenção da inflação.

Além disso, o mercado acompanha as notícias sobre o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de R$ 1.903,98 para R$ 2.640, que deve começar a valer a partir de maio. Segundo cálculos da Receita Federal, mais de 13 milhões de pessoas deixarão de pagar o IRPF com a nova faixa de isenção - o que equivale a 40% dos contribuintes.

Durante a tarde, o relatório "Focus" foi divulgado e mostra que economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,79% para 5,89%. Foi a décima alta consecutiva do indicador. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro elevou sua previsão de 0,76% para 0,80%.

Já no exterior, as atenções dos agentes econômicos foram voltadas às indicações sobre os próximos passos do banco central americano, com a 💥️publicação da ata do Fed.

Uma sólida maioria das autoridades concordou em sua última reunião de política monetária em diminuir o ritmo de aumentos na taxa básica de juros para 0,25 ponto percentual, mas também concordaram que os riscos de uma inflação elevada continuam sendo um "fator-chave" que molda a política monetária e justifica incrementos contínuos na taxa de referência até que as pressões de preços sejam controladas.

Mas "os participantes amplamente destacaram que os riscos ascendentes para as perspectivas de inflação continuaram a ser um fator-chave para moldar as perspectivas de política monetária" e que os juros precisariam subir e permanecer elevados "até que a inflação esteja claramente encaminhada para (a meta de) 2%".

Apenas "alguns" participantes foram totalmente a favor de um ajuste maior de 0,50 ponto percentual na reunião, ou disseram que "poderiam tê-lo apoiado".

A ata mostrou que as autoridades do Fed ainda estão sintonizadas com o risco de que podem ter de fazer mais para manter a inflação em queda, um posicionamento agressivo que pode aparecer com mais precisão quando as autoridades emitirem novas projeções econômicas e sobre a taxa de juros em uma reunião que acontece dentro de quatro semanas.

"Os participantes concordaram que o Comitê (Federal de Mercado Aberto; Fomc, na sigla em inglês) fez progressos significativos ao longo do ano passado em direção a uma postura suficientemente restritiva da política monetária", disse a ata, descrevendo uma economia que continuou a crescer em meio a um mercado de trabalho apertado.

"Mesmo assim, os participantes concordaram que, embora houvesse sinais de que o efeito cumulativo do aperto da política monetária do Comitê havia começado a moderar as pressões de preços, a inflação permaneceu bem acima da meta de longo prazo do Comitê de 2% e o mercado de trabalho continuou muito apertado."

Na terça-feira, a divulgação de indicadores antecedentes do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA, da zona do euro e do Reino Unido indicaram uma tendência de alta - nos EUA, por exemplo, o PMI registrou 50,2 pontos, no maior patamar em oito meses e voltando a sugerir uma resiliência econômica no país.

Também foi registrada uma retomada no setor de serviços, enquanto a manufatura norte-americana ainda mostrou uma recuperação mais tímida. Segundo analistas da XP Investimentos, diante desse cenário, o Fed pode "precisar ser mais duro nos próximos aumentos de juros para controlar a variação de preços no país".

Indicadores de vendas de moradias existentes, por outro lado, tiveram uma nova queda e ficaram no menor nível desde 2010. Já as taxas de hipoteca retomaram a tendência de alta refletindo os movimentos de política monetária nos próximos meses.

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