Colômbia oferece nacionalidade a opositor da Nicarágua, e Petro, presidente colombiano de esquerda, critica Daniel Ortega
A Colômbia ofereceu a nacionalidade ao escritor Sergio Ramírez, um dos mais de 94 opositores cuja nacionalidade nicaraguense foi retirada pelo governo de Daniel Ortega.
A oferta da nacionalidade colombiana foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Álvaro Leyva, na quarta-feira (22).
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1 de 1 Imagem de maio de 2022 mostra Sergio Ramirez, da Nicarágua — Foto: Ezequiel Becerra/ AFPImagem de maio de 2022 mostra Sergio Ramirez, da Nicarágua — Foto: Ezequiel Becerra/ AFP
Leyva disse que Ramírez ficou emocionado e aceitou a oferta. "A Colômbia livre e democrática o abraça e o acolhe em sua segunda pátria", disse o ministro.
Leyva, o ex-presidente colombiano e Prêmio Nobel da Paz Juan Manuel Santos e o ex-presidente espanhol Felipe González se reuniram com Ramírez em Madri, onde o escritor reside desde 2023.
Ramirez é um advogado e escritor. Ele também teve uma carreira política, foi vice-presidente da Nicarágua entre 1985 e 1990.
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Gustavo Petro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, fez críticas a Daniel Ortega, o líder da Nicarágua.
"A América Latina deve ser um espaço sem presos políticos e sem presos sociais. Toda violação aos direitos humanos deve ser condenada por toda a comunidade internacional. Minha solidariedade aos 94 nicaraguenses que foram despojados de sua nacionalidade", disse Petro.
Petro não foi o primeiro presidente latino-americano de esquerda que fez críticas a Daniel Ortega.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse no sábado (18) que Ortega é um ditador, depois de expressar solidariedade aos opositores destituídos de sua nacionalidade nicaraguense.
"Um abraço fraterno à (escritora) Gioconda Belli, ao (escritor) Sérgio Ramírez, à (ativista feminista) Sofía Montenegro, ao (jornalista) Carlos Fernando Chamorro Barrios e todos aqueles de quem Ortega buscou retirar a nacionalidade nicaraguense", escreveu Boric no Twitter.
"O ditador não sabe que a pátria está em seus corações e em suas ações, e não se priva por decreto. Eles não estão sozinhos!", afirmou Boric.
O Ministério de Relações Exteriores do Chile já havia manifestado críticas à decisão do governo Ortega de retirar a nacionalidade de 94 opositores nicaraguenses no exílio.
O Chile foi o primeiro governo de esquerda da América Latina a condenar abertamente as medidas do presidente da Nicarágua.
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