Ibovespa cai e volta aos 105 mil pontos, com dados de inflação no radar

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Ibovespa — Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (24), com agentes do mercado de olho nos dados de inflação de consumo americana e prévia da inflação no Brasil.

Ao final do pregão, o índice recuou 1,67%, aos 105.798 pontos. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o índice teve alta de 0,41%, aos 107.592 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular perdas de 6,73% no mês e de 3,59% no ano.

No exterior, atenções estão com a divulgação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos. O índice subiu 0,6% em janeiro, após alta de 0,2% em dezembro. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o PCE aumentou 0,6%, após alta de 0,4% em dezembro, conforme dados divulgados nesta sexta-feira.

O núcleo avançou mais do que o 0,5% previsto por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

"Número cheio e núcleo vieram mais fortes que o esperado pelo mercado, ressaltando a resiliência da inflação que teima em não ceder", afirmou à agência Reuters o estrategista-chefe da Avenue Securities, William Castro Alves. "Os dados de hoje corroboram a ata divulgada essa semana que ressaltou os riscos da inflação", afirmou, ressaltando que o PCE é a medida oficial de inflação usada pelo Fed.

Também são avaliados dados de confiança do consumidor e vendas de novas casas. Também são números importantes para decisões tomadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o patamar de juros no país.

"Será fundamental avaliar se o consumo está desacelerando em resposta às taxas de juros mais altas. Nos últimos dias, os juros dos títulos do Tesouro dos EUA subiram e os preços das ações caíram com a percepção de que a inflação não está caindo rápido o suficiente, o que levaria o Fed a manter os juros altos por mais tempo", diz relatório da XP.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso prejudica os ativos de risco, como o mercado de ações. Mas dados recentes da economia americana mostram resultados fortes, que poderia fazer o Fed rever o ritmo de alta.

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No Brasil, destaque para a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação. O indicador ficou em 0,76% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados para composição do indicador, oito tiveram alta na comparação com janeiro. A exceção ficou por conta do grupo de vestuário, único a apresentar deflação no mês.

O maior impacto sobre a prévia da inflação, no entanto, partiu do grupo de educação, que teve alta de 6,41% em relação a janeiro, respondendo por 0,36 ponto percentual (p.p) do índice de fevereiro.

Ainda na agenda doméstica, investidores também monitoraram o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, para avaliar alternativas à desoneração de combustíveis, que termina em 1º de março. O objetivo, segundo assessores do presidente disseram ao 💥️blog da Andréia Sadi, é saber se a companhia tem como absorver parte do impacto do fim da desoneração.

Editada no governo de Jair Bolsonaro (PL), a desoneração foi prorrogada por Lula (PT) no início do governo, por meio de uma medida provisória com validade até o fim de fevereiro. Caso decida não prorrogar a desoneração — e se nenhuma medida for tomada em substituição a ela —, o litro da gasolina deve subir R$ 0,69 e o do álcool, R$ 0,24, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O custo da desoneração para os cofres da União faz com que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se oponha à prorrogação da medida — na pasta, a aposta é que isso não vai acontecer.

Por fim, os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira totalizaram US$ 6,9 bilhões em janeiro deste ano, informou o Banco Central. Houve aumento na comparação com mesmo mês do ano passado, quando os investimentos totalizaram US$ 5,1 bilhões. Esse também foi o maior patamar, para meses de janeiro, desde 2018 (US$ 8,3 bilhões), ou seja, em cinco anos.

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